Política

Candidatura de Lídice não será da base, diz Jaques Wagner

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Governador, no entanto, não coloca a candidatura da senadora no campo da oposição  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 21/10/2013, às 08h35   Cíntia Kelly (Twitter: @cintiakelly_)


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Se havia alguma dúvida sobre veracidade das declarações do presidente do PT, Jonas Paulo, e do secretário de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, de que a candidatura da senadora Lídice da Mata (PSB) ao governo do Estado não será da base do governador Jaques Wagner, essa interrogação foi dirimida hoje. 

Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, Wagner  negou que terá duas candidaturas da base, caso a socialista se lance na disputa em 2014.  “Só para ter claro, Lídice é da base. Mas no momento que ela sair candidata com uma candidatura nacional outra, não são duas candidaturas da base. Até porque eu não vou fazer nenhum tipo de palanque duplo. Vou fazer a campanha da Dilma”, explicou Wagner.

No entanto, ao contrário de Jonas e Gabrielli, Wagner não coloca a candidatura de Lídice como sendo de oposição. “Ela provavelmente não vai fazer campanha de oposição ao meu governo, ela vai fazer campanha em defesa do nome dela, só para ser diferente. Porque alguém pode puxar de novo aquela história que eu tive três candidatos à prefeitura. Uma coisa é o governador ter, ao nível de município, três candidatos que disputam lhe apoiando. Mas é diferente, porque aí poderia ser a mesma presidente da República tendo dois candidatos ao governo estadual que estaria apoiando ela. Não seria o caso aqui. E, portanto, não é o caso de um palanque apoiar dois presidentes. Aí vai ter uma separação. Não vai ter uma briga, mas vai ter uma separação”.

Ainda na entrevista Wagner mostrou pressa para escolher o nome do PT que vai disputar a sua sucessão. Não vai passar do dia 15. “Os nomes que estão colocados, todos eles estão à altura de serem apresentados aos aliados e à sociedade baiana e realmente eu quero ver se agora, até o dia 15 de novembro, eu posso bater esse martelo, senão começa a ficar um processo meio angustiante e acaba não ajudando, acaba desgastando”.

Ao contrário do que a imprensa, inclusive este site, vem afirmando, Wagner diz não ter preferência pela candidatura de Rui Costa, atual secretário chefe da Casa Civil. Diz que são amigos de longa data, por isso existe a ilação. "Rui Costa talvez, dos nomes que estão colocados aí, é a pessoa com quem eu tenho maior tempo de relação. É nesse sentido que as pessoas identificam. Mas tenho uma relação excepcional com (Luiz) Caetano, com (José Sérgio) Gabrielli, com (Walter) Pinheiro, então não tem nenhum problema. O pessoal fala de Rui porque está há mais tempo no time, desde o Sindiquímica, desde o Polo Petroquímico, me ajudou como articulador político no primeiro governo e está me ajudando agora, tocando as questões da execução. Efetivamente, é um nome, como todos". 

Wagner também falou sobre o problema de acomodar os cinco principais partidos (PT, PP, PDT, PP, PCdoB) numa chapa com três vagas. Uma já está garantida, a do PT.  "Por isso que eu digo que a gente tem que conversar muito para, na hora que tomar uma solução, uma decisão, pelo menos alguém não vai gostar, mas as pessoas podem entender como é que isso foi escolhido. Aí é o ofício da política e aí a obrigação é minha, como coordenador, de conversar com todo mundo. Primeiro porque eu acho legítimo ter pretensão em política. Quem disser que está na política e não tem pretensão, para mim está mentindo. É lógico que o PDT quer estar, o PP quer estar, o PCdoB quer estar, vários partidos querem, o PSD quer estar. Todo mundo tem pretensão na política e eu acho natural".

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