A principal chapa de oposição ao governo da Bahia, liderada pelo candidato do DEM Paulo Souto, escolheu Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), para dar o pontapé inicial em sua campanha rumo ao Palácio de Ondina.
A escolha dos oposicionistas por Simões Filho teve um objetivo: tocar o “Calcanhar de Aquiles” do governador Jaques Wagner (PT), que tenta emplacar seu sucessor, o postulante petista Rui Costa, para que dê continuidade à sua administração.
Simões Filho é atualmente a terceira no ranking das cidades com maiores taxas por mortes violentas para cada 100 mil habitantes. Até o ano passado, o município liderava o ranking nacional. Conforme o Mapa da Violência, o levantamento atual, divulgado na semana passada, aponta em 1º lugar Caracaraí, em Roraima, com taxa de 210,3 homicídios por 100 mil habitantes. Mata de São João, com 149,3 homicídios por 100 mil habitantes; e Simões Filho, com 131 homicídios por 100 mil habitantes, ambas na Bahia, estampam a segunda e a terceira colocação.
Além de ter duas cidades no topo das mais violentas do Brasil, a Bahia também possui a maior quantidade de municípios com altas taxas de assassinatos. São 23 cidades no total. O estado de Alagoas vem em seguida com 14 municípios considerados violentos.
“O combate à violência será uma prioridade a ser encarada no primeiro dia de meu governo. Se eleito, acompanharei de perto as ações para reduzir a criminalidade que tomou conta de nossa Bahia nos últimos anos. Vou me reunir periodicamente com o comando da polícia e cobrar resultados efetivos”, afirmou Souto, durante o primeiro comício realizado pela coligação “Unidos pela Bahia”, que conta ainda com os postulantes Joaci Góes (PSDB) como vice, e Geddel Vieira Lima, como candidato ao Senado.
Em seu discurso, Souto culpou a administração petista e considerou uma “epidemia” as atuais taxas de homicídio. “Vivíamos em um dos estados mais tranquilos do Brasil e agora sofremos a tragédia de ser um dos mais violentos, onde mais de 36 mil baianos foram assassinados em sete anos e meio”, condenou.
O democrata afirmou ainda que uma das propostas para tornar o estado mais seguro é “restabelecer a confiança na relação do governo com as polícias”. “Além disso, vamos ampliar o programa de prevenção e contenção da criminalidade, promovendo mudanças no atual modelo de segurança pública. Fortalecer os serviços policiais nas delegacias de bairros populosos e nas cidades com mais de 100 mil habitantes. Aumentar os investimentos nos serviços de inteligência e tecnologia. Criar uma rede estadual de combate ao crack”, prometeu, caso seja eleito em outubro próximo.
Publicada no dia 11 de julho de 2014, às 21h02.
