Política

Contadora afirma: Luiz Argõlo chegou a receber mala de dinheiro. Ouça

Imagem   Contadora afirma: Luiz Argõlo chegou a receber mala de dinheiro. Ouça
Meire Bonfim Poza é considerada testemunha-chave da Operação Lava Jato da Polícia Federal  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/08/2014, às 18h15   Caroline Gois (Twitter: @goiscarol)


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A contadora do doleiro Alberto Youssef, pivô de um esquema bilionário de lavagem de dinheiro, presta depoimento na manhã desta quarta-feira (13), no Conselho de Ética da Câmara Federal. Meire Bonfim Poza é considerada testemunha-chave da Operação Lava Jato da Polícia Federal. Ela foi convidada pelo colegiado para ser ouvida como testemunha do processo de cassação do mandato do deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), o  mais próximo dos parlamentares que mantinham relação com Youssef.



Em um dos trechos do depoimento, Meire afirma que Argolo recebeu mala de dinheiro de Youssef, conforme a matéria da Veja citara sobre autoridades que foram beneficiadas pelo doleiro. "Luiz Argolo chegou a receber sim. Da última vez que o encontrei ele foi em São Paulo para buscar dinheiro. Não pode ir embora porque o dinheiro não chegou", afirmou, informou que o pagamento era feito, na maioria da vezes em espécie. Entretanto, podia ser feito através da Transferência Eletrônica Disponível (TED), "mas em nome de Manoelito Argolo e Élia da Hora", anunciou a contadora. Manoelito Argolo, a quem ela se refere, é irmão de Luiz Argolo.

Ainda conforme Meire, Argolo é sócio de Youssef na Malga Engenharia e. a relação entre os dois "é de carinho. Youssef chama Argolo de Bebê Jhonson".

OUÇA TRECHO DO DEPOIMENTO


O caso

O convite para ouvir a contadora ocorreu depois da entrevista dela a VEJA, na qual contou um pouco do que presenciou durante os três anos em que atuou no escritório do doleiro – preso desde março. Meire Poza era responsável por manusear notas fiscais frias, assinar contratos de serviços que jamais foram feitos e montar empresas de fachada destinadas à lavagem de dinheiro. Nesse período, ela viu malas de dinheiro saindo da sede de grandes empreiteiras e chegando às mãos de notórios políticos. Ela cita cinco deles: além de Argôlo, o ex-petista André Vargas (PR), que também responde a processo disciplinar, o senador Fernando Collor (PTB-AL), o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) e o ex-ministro e atual conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia Mário Negromonte, filiado ao PP.

Com informações da revista Veja


Nota postada às 11

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