Salvador amanheceu neste domingo (26) com diversos pontos da cidade pichados com uma estrela branca e o número treze, em referência ao Partido dos Trabalhadores. Além dos principais colégios eleitorais, a frente da residência do ex-senador Antonio Carlos Magalhães, no Corredor da Vitória, também foi alvo de pichação.
Após votar, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), considerou o ato como uma “afronta à memória do baiano que mais fez por essa terra”.
Em entrevista aos repórteres que o acompanhavam na Faculdade de Administração da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Vale do Canela, o gestor soteropolitano afirmou que o Município cobrará o recurso empenhado para apagar as pichações, condenou os atos de vandalismo e afirmou que os "donos" da capital baiana são os soteropolitanos.
“Mesmo os eleitores do PT não podem concordar com isso. É uma afronta ao patrimônio público, ao bem estar da cidade, que não é do PT. O PT quer ser dono do Nordeste. Os nordestinos são os donos do Nordeste. Os soteropolitanos são os donos de Salvador. E quando o PT faz isso só mostra o seu lado mais cruel, que é o lado da tentativa de intimidação, da tentativa de fazer um combate político fora das discussões de ideias”, condenou.
Segundo o prefeito, a Procuradoria do Município acionara a Justiça. “Vou entrar com um processo contra o Partido dos Trabalhadores. Já pedi a Procuradoria do Município que avaliasse as medidas cabíveis. Não é razoável que eles façam pichações e depois temos que gastar dinheiro público para limpar as pichações ilegais que o PT está fazendo”, criticou.
Consultado pelo Bocão News, o corregedor do Tribunal Regional Eleitoral na Bahia (TRE-BA), Fábio Alexsandro Costa Bastos, explicou que o ato é considerado “vandalismo”, e por ter sido realizada no dia das eleições, poderá ser caracterizado como crime eleitoral. "Qualquer propaganda feita no dia da eleição é proibida, seja grafite, pintura ou pichação. A propaganda eleitoral irregular pode ser caracterizada crime eleitoral e levar à prisão", explicou o juíz.
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