Salvador

Moradores denunciam lançamento de dejetos ao mar em Patamares e deputado cobra providências

Leitor BNews
"Água preta" estaria sendo lançada ao mar desde o réveillon  |   Bnews - Divulgação Leitor BNews

Publicado em 04/01/2018, às 09h04   Redação BNews


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Moradores do bairro de Patamares, em Salvador, denunciaram ao BNews o lançamento de dejetos ao mar no rio Jaguaribe. Eles relatavam que a "água preta" escorre pelo rio até o mar com um forte mau cheiro desde o réveillon. 

O rio em questão vem passando por obra da canalização da Companhia de Desenvolvimento Urbano do estado da Bahia (Conder) e o projeto foi alvo de críticas de ambientalistas. As obras chegaram a ser barradas pela Justiça em 2016, mas a determinação foi suspensa.

O deputado estadual e ambientalista Marcell Moraes (PV) questiona a participação da Embasa no lançamento dos dejetos. “Não é de hoje que cobro da concessionária e critico seu descuido ao permitir que dejetos poluam rios e nossas praias, sem falar do prejuízo para os pescadores e banhistas”, ponderou Moraes, frisando que a empresa baiana poderá responder por crime ambiental, caso seja comprovada sua responsabilidade.

Além do Rio Jaguaribe, Marcell chama atenção para outros que também estão poluídos na capital. “Nós temos o caso do Imbuí, do Rio Cascão, que ao invés de ter sido recuperado, acharam melhor encobrir e criar espaços de lazer na área. Isso também aconteceu na Avenida Centenário e até a lagoa da Paralela, que poderia ser cuidada, mas foi encoberta para o andamento da obra do metrô. No ano passado, o mar do Rio Vermelho ficou poluído após dejetos in natura terem sido jogados no oceano por mais de 36h porque a rede de tratamento de esgoto da Embasa parou de funcionar. A Embasa simplesmente não tem um plano b em casos de falta de energia elétrica na rede de tratamento”, lembrou Marcell Moraes.

Para o deputado, é preciso que os órgãos de fiscalização acompanhem mais de perto os trabalhos da Embasa.  “Se o governo do estado também não tomar uma providência agora, quero saber quem vai responder por esse prejuízo ambiental”, disparou.

A Conder, responsável pelas obras, foi procurada pela reportagem, mas não se posicionou até a publicação desta matéria.

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