Salvador

Embasa nega despejo de esgoto na Orla de Salvador e alfineta prefeitura

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Parlamentar acusou empresa de liberar comporta que despeja esgoto sem tratamento sanitário em praia soteropolitana   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 19/12/2018, às 10h42   Redação BNews


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Por meio de nota enviada ao BNews, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) esclareceu que “não procede a denúncia sobre despejo de esgoto na Boca do Rio”, em Salvador, realizado pela empresa. 

“Todo esgoto coletado pela empresa em Salvador é direcionado para as estações de condicionamento prévio e tem destinação adequada por meio de emissários submarinos, sem riscos de poluição das praias do município, pois são lançados a mais de 2 quilômetros da costa”, diz trecho do esclarecimento.

De acordo com a Embasa, a poluição da praia da Boca do Rio é decorrente da poluição dos rios das Pedras, Cachoeirinha e Pituaçu, causada por lixo, sujeira das ruas e também esgoto lançado clandestinamente por imóveis não ligados à rede pública de esgotamento sanitário. 

A empresa pública explica que, de modo geral, as ligações clandestinas são feitas nas redes de drenagem que levam a água das chuvas para os rios urbanos, cujo destino final são as praias. “Ressaltamos que a Embasa não é responsável pela manutenção das redes de drenagem pluvial”, afirma.

De acordo com a Embasa, na área habitada, situada na bacia hidrográfica das Pedras (cuja foz é na Boca do Rio), já foi disponibiliza rede coletora de esgoto em via pública. “No entanto, além de imóveis que não foram ligados por seus moradores ou proprietários na rede coletora, existem áreas habitadas onde não há viabilidade para implantação de uma rede convencional por conta da falta de infraestrutura urbana mínima, como macro e micro drenagem de águas pluviais, arruamento, pavimentação e contenção de encostas”.

Em seu esclarecimento, a empresa ainda alfinetou a prefeitura de Salvador ao afirmar que para resolução dos problemas são necessárias ações de urbanização e reassentamento da população que habita em áreas de preservação permanente de rios. Além de ações de fiscalização do uso e ocupação do solo.

Nesta quarta-feira (19), a reportagem publicou que o membro titular da Comissão de Meio Ambiente na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Marcell Moraes (PSD) cobrou ações imediatas do Governo do Estado para resolução da situação. Segundo o parlamentar, a empresa liberou a comporta que despeja esgoto sem tratamento sanitário na praia de Jaguaribe. Praias próximas, como Patamares e Boca do Rio, também teriam sido atingidas pelo despejo.

Leia a nota da Embasa na íntegra:

A Embasa esclarece que não procede a denúncia sobre despejo de esgoto na Boca do Rio realizado pela Embasa. Todo esgoto coletado pela empresa em Salvador é direcionado para as estações de condicionamento prévio e tem destinação adequada por meio de emissários submarinos, sem riscos de poluição das praias do município, pois são lançados a mais de 2 quilômetros da costa.

A poluição da praia da Boca do Rio é decorrente da poluição dos rios das Pedras, Cachoeirinha e Pituaçu, causada por diversos fatores como: lixo (resíduos sólidos), sujeira das ruas e também esgoto lançado clandestinamente por imóveis não ligados à rede pública de esgotamento sanitário, principalmente aqueles localizados em áreas de ocupação irregular da cidade. De modo geral, as ligações clandestinas são feitas nas redes de drenagem que levam a água das chuvas para os rios urbanos, cujo destino final são as praias. Ressaltamos que a Embasa não é responsável pela manutenção das redes de drenagem pluvial.

Na área habitada situada na bacia hidrográfica das Pedras (cuja foz é na Boca do Rio), a empresa já disponibiliza rede coletora de esgoto em via pública. No entanto, além de imóveis que não foram ligados por seus moradores ou proprietários na rede coletora (a lei determina que é obrigação do morador executar a ligação quando o serviço é disponibilizado), existem áreas habitadas onde não há viabilidade para implantação de uma rede convencional por conta da falta de infraestrutura urbana mínima, como macro e micro drenagem de águas pluviais, arruamento, pavimentação e contenção de encostas.

Para a solução desse problema, são necessárias ações de urbanização e reassentamento da população que habita em áreas de preservação permanente de rios. Além disso, é preciso desenvolver ações de fiscalização do uso e ocupação do solo, evitando que a ocupação desordenada continue produzindo novas áreas que inviabilizem a infraestrutura urbana no território municipal, aliadas a políticas habitacionais voltadas para a população de baixa renda.

INVESTIMENTO
A Embasa vem realizando uma média de 28 mil ligações por ano em Salvador. Nos últimos dez anos, a empresa investiu cerca R$ 1 bilhão na ampliação e melhoria do sistema de esgotamento sanitário da capital baiana. O resultado foi um salto no índice de atendimento de 74,41%, em dezembro de 2007, para 90,09%, em novembro de 2018, tornando Salvador uma das capitais mais bem saneadas do país.

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