Salvador

Vídeo: ato “Vidas Negras Importam” pede justiça por Beto em Salvador

Vagner Souza /Bnews
Manifesto ocorreu após a morte de João Alberto por seguranças do mercado   |   Bnews - Divulgação Vagner Souza /Bnews

Publicado em 22/11/2020, às 11h31   Redação BNews


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Ativistas, manifestantes e militantes do movimento negro, protestaram neste domingo (22),  em frente ao Atakadão localizado na Avenida Bonocô, pedindo justiça pela morte de João Alberto Silveira, conhecido como Beto. Ele foi assassinado no último dia 19, após ser espancado por dois homens brancos no supermercado da rede Carrefour, em Porto Alegre (RS). 

A manifestação foi convocada pela torcida antifascista do Bahia e coletivos de jovens negros, como o Movimento Aquilombar. O ato se soma às outras mobilizações que estão ocorrendo nos últimos dias em todo o país, com o lema “Vidas Negras Importam. Justiça a João Alberto”. 

“Estamos aqui para exigir justiça a João Alberto e, também, para dizer que parem de nos matar. Nossas vidas importam. Nos últimos 10 anos, em nosso país, os assassinatos de negras e negros aumentaram 11,5%, enquanto os de não-negros caíram 12,9%, segundo o Atlas da Violência de 2020, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). É preciso dar um basta nisso”, discursou o jovem Matheus Araújo, ativista do Movimento Aquilombar. 

Matheus destacou que o assassinato de João Alberto não é episódico ou casual. “Tal crime vil é resultado direto do racismo cotidiano impulsionado pelo capitalismo em nosso país, bem como pelo nosso maior governante, o presidente Jair Bolsonaro, que todos os dias faz discursos e provocações racistas, estimulando episódios desse tipo. Não vamos aceitar. O racismo e os racistas não passarão”, ressaltou o ativista do Movimento Aquilombar. 

O professor universitário Otávio Aranha, do Movimento Quilombo Raça e Classe, defendeu que a rede multinacional de supermercados Carrefour seja responsabilizada pelo assassinato de João Alberto. “O crime ocorrido é também de responsabilidade da rede Carrefour. É preciso que eles assumam e paguem por sua culpa. Além de super explorarem seus trabalhadores, muitos deles negros, e formarem verdadeiros cartéis na venda de alimentos no país, esses supermercados ainda agridem e matam negras e negros. Isso é um absurdo”, disse o professor.

Veja galeria de fotos sobre o protesto no BNews. 

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