Salvador

Corpo de mulher fica nove horas dentro de casa à espera do Samu no Engenho Velho da Federação

Reprodução/ Google Street View
O atestado de óbito é necessário para que a funerária consiga retirar o corpo e organizar o enterro  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Google Street View

Publicado em 27/05/2021, às 16h26   Redação BNews


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O corpo de uma mulher de 57 anos ficou por nove horas dentro de uma casa, nesta quinta-feira (27) no Engenho Velho da Federação, aguardando a chegada do Samu para fornecer o atestado de óbito. A situação foi denunciada por familiares de Joselina Nascimento ao Balanço Geral, da RecordTV Itapoan.

Eles contaram que Joselina foi dormir por volta das 23h de quarta (26) e, às 6h30, quando foram ver por que ela não tinha acordado, viram que a mulher estava sem vida. Imediatamente, eles acionaram o Samu, mas a equipe não chegou ao local mesmo após nove horas de espera e diversos apelos da família e do próprio Balanço Geral.

O atestado de óbito é necessário para que a funerária consiga retirar o corpo e organizar o enterro. A família acredita que Joselina tenha tido um mal súbito. 

Depois de tanto tempo de espera, diversas moscas apareceram próximo ao corpo. Os parentes da mulher reclamaram do desrespeito diante de tamanha dor e disseram que, se fosse em um bairro nobre, isso jamais aconteceria.

Após a situação ser divulgada no programa, o policial civil Paulo Portela, da 7ª Delegacia/ Rio Vermelho, esteve no local e pediu que algum familiar fizesse um Boletim de Ocorrência para que o Departamento de Polícia Técnica pudesse ser acionado e o rabecão remover o cadáver. Portela solicitou que solicitou ao IML que libere o corpo ainda hoje para que a família possa prestar as últimas homenagens a Joselina. 

O BNews procurou a Secretaria Municipal da Saúde, que informou que o serviço de atestado de óbito de indivíduos que tenham causa de morte natural e dentro de domicílios é de responsabilidade do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), não vinculado à Prefeitura Municipal de Salvador.  

“A gestão municipal, diante da situação de pandemia do coronavírus, e, criou uma estrutura temporária através do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para auxiliar a atestar os óbitos nessa modalidade em Salvador. Disponibilizamos um médico e um técnico de laboratório para ir às residências porque entendemos o risco de contaminação da doença. De forma complementar, o Samu atende as ocorrências, que nesse momento, apresentam um grande volume de demanda”, acrescentou a Secretaria.

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