Salvador

Moradores denunciam abandono e descaso do centenário Passeio Público

Leitor Bnews
Ponto turístico já foi palco de grandes eventos na capital  |   Bnews - Divulgação Leitor Bnews

Publicado em 27/10/2021, às 18h27   Catarina Alcantara


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O Passeio Público, localizado na Av. Sete de Setembro, é conhecido popularmente por ser um dos principais espaços de lazer da população e dos turistas que visitavam Salvador. Durante décadas, o local foi palco de grandes eventos, como shows e até concursos, além de conter um conjunto de monumentos históricos e uma vasta área verde.

Hoje, ele encontra-se fechado e, segundo denúncia recebida por leitores do BNews, o estado é de abandono e ostracismo. Segundo os moradores, o ponto turístico encontra-se com deficiência de iluminação e de preservação do espaço, ausência de porteiro na guarita, construção irregular na vizinhança e falta de fiscalização dos veículos que estacionam no local. Eles ainda alegam que todo o descaso se soma à interdição do portão da entrada principal, e a negligência com a retomada das atividades culturais, de lazer, turismo e visitação pública, culpabilizando o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), pela falta de manutenção e organização.

A cozinheira Edna Lima, de 67 anos, que frequentou o local durante os Carnavais se lembra com carinho dos dias ensolarados que passava com os amigos e família por lá. "Eu sempre comemorei o Carnaval ali, há alguns anos a proposta se tornou mais infantil, é triste saber e ver essa atual situação, fiz muitos piqueniques também, é um lugar lindo em meio àquela confusão toda da Av Sete", recorda.

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Em nota, a assessoria de comunicação do IPAC informou que o Passeio Público não é tombado, estando apenas no entorno do Palácio da Aclamação, tombado pelo Estado. O órgão informou ainda que conta atualmente com dois postos de vigilância que atendem o Passeio Público, e que efetuou a contratação de uma empresa especializada na prestação de serviço para instalação de concertina de segurança, em aço, para proteção e impedimento de acesso aos fundos do local no mês de maio, que também realizou reparos nas luminárias do espaço, no mês de julho e que toda e qualquer circunstância envolvendo a ocupação irregular do espaço compete a Prefeitura Municipal de Salvador, que já teria sido acionada desde 2013 através de um ofício sobre tal situação recorrente.

A reportagem do BNews entrou em contato com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e não obteve retorno até o fechamento desta matéria. 

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