O impasse entre rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps) parece que só está começando. Isso porque o estado de greve comunicado pelo sindicato dos rodoviários, na manhã desta quinta-feira (16), não é reconhecido pelo presidente do Setps, Jorge Castro. "Não vamos discutir enquanto não recebermos comunicado de greve", afirmou em entrevista concedida ao site Bocão News, ressaltando que não há nenhuma reunião marcada ou prevista. "A última que fizemos foi em dezembro do ano passado sobre participação nos lucros", disse.
O secretário de Mobildade de Salvador, Fábio Mota, afirmou que a secretaria está acompanhando as negociações como mediador e o problema a resolver, que eram as gratificações, já foi resolvido. "As gratificações tiveram a correção. Teve também a questão do FGTS, que algumas empresas estavam deixando de depositar, mas se comprometeram em depoistar até 30 de março, quando a situação estará regularizada. Agora, tem a PLR, que é a participação nos lucros. As empresas alegam que não houve lucro. Em contrapartida, os rodoviários afirmam que houve um esforço por parte da categoria, como por exemplo, houve uma redução na apresentação de atestados", explicou o secretário.
Sobre o atraso do FGTS, Castro afirma que apenas uma empresa está, de fato, atrasando. "A empresa está em dificuldade financeira. E apenas uma está com este atraso que é a a Integra CSN - Consórcio Salvador Norte". A CSN cobre a região da Orla e são os ônibus azuis.
Com relação às participações nos lucros, o presidente do Setps disse que não irá se pronunciar oficialmente enquanto não receber oficialmente o estado de greve. Ainda segundo ele, a crise afetou as empresas e "todas estão com dificuldade financeira. Só o sindicato dos rodoviários que não reconhecem isso. A situação hoje das empresas é a pior possível", concluiu.
