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Barraqueiros reclamam de ordenamento na praia de Stella Maris antes de requalificação da orla

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Semop quer que os barraqueiros montem e desmontem tendas todos os dias  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 05/02/2019, às 18h45   Shizue Miyazono


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Os barraqueiros da praia de Stella Maris estão apreensivos com a informação de que terão que, toda noite, desarmar todo o kit praia dado pela prefeitura, isso inclui uma tenda de 9 m². Com isso, os barraqueiros, que pagam R$ 255 mensais pela licença, vão precisar desembolsar mais R$ 600 para alugar um container para colocar todo o material a noite.

Segundo o filho dos proprietários da Barraco do Gaúcho, Jonathan Carvalho, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) quer que os barraqueiros tirem sombreiro, barraca, cadeira, isopor, freezer todos os dias e não deixe nada na praia: “Todo dia leva e traz. É muito inviável, principalmente para quem não tem carro, a gente mesmo não tem carro, pra levar vai ter que pagar carreto todo dia, e outra dificuldade é a mão de obra para fazer isso”.

Já Gildo Ribeiro, da Barra Stella, afirma que desmontar e montar toda a estrutura diariamente vai deixar o trabalho mais difícil, mas “se for para uma melhora da orla vamos acompanhar”. Ele explicou que ficou sabendo que a decisão é por conta da requalificação da orla.

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Ao BNews, Jonas Ribeiro, proprietário do Boteco do Tatoo e vice-presidente da Associação dos Barraqueiros, explicou que desde o início, quando a prefeitura deu a licença para os permissionários já tinha sido comunicado que seria uma tenda móvel, mas isso não estava sendo feito.

“Devido a estrutura que a gente tem acaba sendo um transtorno desmontar isso toda a noite e trazer todos os dias pela manhã, então, a Associação dos Barraqueiros está tentando entrar em bom senso com a prefeitura para que haja permissão para que permaneça a nossa barraca, pelo menos, até a requalificação da orla que está prometida”, afirmou Jonas Ribeiro.

Ele explicou que a prefeitura sugeriu que os barraqueiros aluguem containers para colocar todo o material e não precisar levar para casa todos os dias, mas, para Jonas, os containers vão atrapalhar o paisagismo muito mais do que as barracas.

“A barraca pode atrapalhar o paisagismo, mas os containers vão atrapalha muito mais. Um negócio de ferro que com dois, três meses vai está todo enferrujado. Não estou respondendo por todos, estou respondendo por mim, acredito que vai atrapalhar muito mais o paisagismo que as barracas da gente, que já estão aqui há muito tempo”, explicou o barraqueiro.

Além disso, Jonas afirmou que a segurança pública pode ficar comprometida com os containers na areia: “Até para caminhar pela praia, maloqueiro pode se esconder atrás dos containers. Eu sou mais a favor de que nossas barracas permaneçam até, pelo menos, a requalificação da orla”.

Em nota, a Semop explicou que todas essas regras estão dispostas no Decreto Nº 24.422/13 e na Portaria Nº 202/2013, válidos desde 2013.

Ainda de acordo com secretaria, uma reunião de rotina, como normalmente faz a atual gestão para dialogar com todos os envolvidos, estava marcada para a última terça-feira (29), em que seriam discutidos o ordenamento e a organização dos equipamentos no espaço público, na praia de Stella Maris, mas nenhum permissionário compareceu nem desmarcou o encontro previamente.

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