A Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador) já iniciou a operação para coibir a prática de transporte clandestino. Já na quinta-feira (26), em São Cristóvão, foram realizadas 155 abordagens e 24 apreensões, sendo 17 de motos e 7 de vans.
Nesta sexta-feira (27), a blitz em Mussurunga resultou em 68 abordagens e 4 apreensões de motos. Segundo a Transalvador, a fiscalização conta com o apoio da Polícia Militar e busca garantir a segurança dos passageiros em transportes coletivos da cidade.
De acordo com o diretor de Transportes da Transalvador, Marcus Flores, o transporte clandestino é aquele que não tem a licença prévia para circulação regular. A licença é garantida após vistoria que assegura as condições de segurança do veículo e de habilitação do motorista.
Além disso, o transporte clandestino não está no cadastro prévio da Prefeitura de pessoas e veículos que operam na atividade. Isso aumenta também os riscos quanto às situações de violência.
A iniciativa, no entanto, não resolve a principal causa do problema. Afinal, a população recorre ao transporte clandestino porque o sistema regular ainda oferece ônibus super lotados em horários de pico.
Segundo Marcus Flores, atualmente estão disponíveis 256 ônibus do Sistema de Transporte Coletivo de Ônibus, 280 carros do Sistema Complementar de Carros e 730 veículos para a região metropolitana. O sistema teria que atender a cerca de 42 milhões de passageiros por mês.
"Infelizmente, ainda não é um sistema eficiente para os horários de pico. Esse é um grande desafio das metrópoles brasileiras e até mundiais. Uma das soluções são os chamados transportes de massa", fala.
Marcus cita como exemplo o BRT, que são ônibus maiores em canaletas." Eles atendem a um grande número de passageiros e circulam em vias segregadas, garantindo conforto e celeridade", conclui o diretor de Transportes.
