Salvador

João Durval recua e CPI dos Transportes não vinga

Publicado em 04/08/2011, às 07h49   Redação Bocão News


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O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), devolveu na tarde desta quarta-feira o requerimento de criação da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigaria as denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Segundo Sarney, o documento “não atende aos requisitos necessários”, uma vez que apenas 25 senadores o assinaram.
Sarney baseou-se no parecer da Secretaria Geral da Mesa, atestando número insuficiente de assinaturas para criação da CPI. Depois que o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), entrou em campo para articular a retirada das assinaturas, três senadores removeram o apoio à investigação: João Durval (PDT-BA), Reditário Cassol (PP-RO) e Ataídes Oliveira (PSDB-TO).

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que convenceu os senadores da base aliada a retirar as assinaturas alegando que isso daria à oposição um instrumento político para ação contrária ao governo. “Não vale a pena dar à oposição uma CPI para ela fustigar o governo. A oposição vai tentar fazer uma CPI a qualquer momento. A base do governo tem condição de evitar uma CPI se os senadores e senadoras não assinarem. É isso que vamos procurar mostrar”, alegou Jucá.

O senador baiano. João Durval, no entando negou sofrer pressão do governo para a retirada de sua assinatura e legou que quando assinou pela instalação da CPI estaria contribuindo com a "limpeza que a presidente Dilma corretamente está fazendo naquele ministério". O senador entendeu que deveria retirar a assinatura pois, conforme ele mesmo afirma: "percebi que havia um interesse forte da oposição na CPI, e que eu estava sendo usado, pois a CPI seria transformada em instrumento da oposição contra o governo que eu apoio. Então decidi retirar". 
Álvaro Dias lamentou o que chamou de uma “ação” do Planalto – referindo-se ao palácio de onde despacha a presidenta Dilma Rousseff – para convencer os senadores a voltar atrás e disse que isso demonstra que há denúncias ainda não esclarecidas. “A partir dessa ação desenvolvida na calada da noite, fica explícito que não há a intenção do governo de promover mudança no modelo de promiscuidade que existe”, disse o líder do PSDB.
Ele disse que não terá dificuldades em conseguir que os 25 senadores que assinaram o requerimento recoloquem suas assinaturas e que continuará trabalhando para conseguir os dois apoios que faltam. “A oposição tem que cumprir o seu dever e vai reiniciar a coleta de assinaturas”, concluiu.

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