Metrô: em resposta a Dauster, Mota diz que estado quer prejudicar população

Após o secretário estadual da Casa Civil, Bruno Dauster, dizer que o governo estadual não irá "bancar a ineficiência do sistema de ônibus de Salvador" na discussão sobre a integração do metrô com os ônibus, o secretário municipal de Mobilidade, Fábio Mota, afirma que a proposta de integração do estado para o metrô visa diminuir a quantidade de linhas de ônibus que servem à população.

Em contato com o BNews, Mota argumentou que o governo não leva em conta o aspecto social do transporte público. "O estado está vendo a questão do transporte público de Salvador apenas sob o aspecto econômico. Mas tem que olhar também o condão social. Eles querem que a prefeitura elimine linhas que não dão bom resultado econômico, esquecendo do lado social. A prefeitura não pode aceitar isso. Defendemos sim a integração plena e estamos dispostos, como sempre estivemos, em fazer com que o metrô avance, até porque sem a prefeitura, sem os R$2,5 bilhões que investimos, nem teria sistema metroviário na cidade. Mas não vamos penalizar os mais pobres", disse Fábio Mota.

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O secretário municipal de Mobilidade lembrou que quase 50% das linhas da cidade já estão integradas ao metrô, o que corresponde a 500 mil pessoas por dia. Só que apenas 8% desses usuários estão fazendo a integração com o metrô. "O que não podemos fazer é obrigar que as pessoas peguem o metrô e nem deixar a população desassistida em função do modal metroviário. Como falei antes, estamos dispostos a ampliar a integração, e estávamos avançando nisso com a interveniência do Ministério Público da Bahia, quando o governo do estado decidiu ir por outro caminho", salientou.

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