Salvador

Chuva já matou 25 pessoas em apenas três anos em Salvador; relembre

Gilberto Júnior/BNews
Em 2015, 21 pessoas morreram em quatro regiões de Salvador  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior/BNews

Publicado em 13/03/2018, às 14h29   Redação BNews


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No dia em que a prefeitura de Salvador realizaria a divulgação da 'Operação Chuva 2018', quatro pessoas da mesma família morreram após o desabamento de um prédio na comunidade do Alto do São João, no bairro de Pituaçu, nesta terça-feira (13). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre a noite de ontem e início da manhã de hoje, a capital baiana registrou um índice de chuva quase 70% superior ao esperado para todo o mês de março.

O período chuvoso e o desabamento ocorrido em Pituaçu representam um pesadelo vivenciado por milhares de famílias que habitam áreas de risco na capital baiana. O caso do Alto do São João remete ao registrado em 2015, quando quatro regiões da cidade somaram 21 mortes em tragédias decorrentes das chuvas: Barro Branco, no bairro de San Martin; Marotinho, em Bom Juá; região da Nilo Peçanha, na Liberdade; e Ladeira da Preguiça, ligação entre o Comércio e a Cidade Alta.

No dia 28 de abril daquele ano, 11 pessoas morreram soterradas após um deslizamento de terra na comunidade do Barro Branco, na região da Avenida San Martin. No mesmo dia, outras quatro vítimas foram resgatadas sem vida debaixo da terra que deslizou na localidade do Marotinho, no bairro de Bom Juá.

Já no dia 10 de maio do mesmo ano, uma nova tragédia causou a morte de um idoso de 64 anos e outras três pessoas da mesma família, na Rua Nilo Peçanha, no bairro da Liberdade. No dia seguinte, um casarão desabou na Ladeira da Preguiça, ligação entre as Cidades Baixa e Alta. Na ocasião, uma das paredes do imóvel caiu sobre duas casas. Em uma delas, dois irmãos dormiam - um deles sofreu ferimentos leves e sobreviveu; outro morreu após ficar debaixo dos escombros.

Nove dias depois, uma pessoa morreu e outra ficou ferida após o deslizamento de terra em uma encosta próxima ao Elevador Lacerda. Seis casarões históricos foram atingidos e um ficou completamente destruído.

Histórico:

Em 2015, a Folha de São Paulo fez um levantamento que mostra que é rotina os casos de deslizamentos por conta dos temporais nos últimos 50 anos em Salvador. 

Em abril de 1971, a tragédia deixou mais de cem mortos e 500 feridos após deslizamentos de terra em vários bairros. No mesmo mês em 1984, dez pessoas morreram nos bairros da Cidade Nova e São Caetano. Já em maio de 1989, as chuvas provocam um saldo de mais de 60 mortos e em março de 1992, um deslizamento de terra deixou 30 mortos no Lobato.

Em maio de 1995, deslizamentos deixaram 47 mortos em Vila Canária, Bom Juá e São Gonçalo do Retiro e em abril de 1996, o saldo foi de 28 mortos. Já em março de 1997, os deslizamentos fizeram nove vítimas e, em maio de 1999, 14 pessoas morreram no subúrbio ferroviário. 

Ainda de acordo com a Folha de São Paulo, em maio de 2009, após fortes chuvas, um imóvel no bairro de Pirajá desabou e matou três pessoas e, um mês antes, um bebê foi soterrado no bairro da Gamboa.

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