Salvador

Sudic nega vagas e mantém solicitação de retirada de ambulantes do entorno do Mercado de Paripe

Reprodução/ Elizete Mendes
Como a área física do mercado não foi ampliada, os permissionários que foram remanejados de seus locais de origem estão apenas retornando para os mesmos espaços  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Elizete Mendes

Publicado em 23/10/2018, às 17h20   Márcia Guimarães


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O Governo do Estado resolveu se pronunciar sobre a denúncia, recebida pelo BNews, da retirada de dezenas de ambulantes do entorno do Mercado de Paripe. Segundo a Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic), as obras de requalificação e modernização do centro de abastecimento está em fase final e sendo executadas pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), mas, para a sua conclusão, é necessária uma intervenção na calçada frontal do mercado. 

Para adequar a calçada à Lei Municipal nº 8.140 de 04/11/2011, que dispõe sobre a padronização dos passeios públicos em Salvador, a Sudic solicitou à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), responsável pelo ordenamento do comércio nas vias públicas da cidade, a remoção de barracas da calçada para que fosse iniciada a intervenção. “O objetivo principal da obra é a adequação das normas de acessibilidade e segurança, garantindo mobilidade a todos os usuários, incluindo a instalação de sinalização tátil de alerta e direcional, entregando para a comunidade um Mercado requalificado em sua parte interna e externa”, diz a Sudic, através de nota.

O órgão afirmou que, com a extinção da EBAL, assumiu a gestão do equipamento em 2016, com a obra de requalificação já em curso. Como a área física do mercado não foi ampliada, os permissionários que foram remanejados de seus locais de origem estão apenas retornando para os mesmos espaços, agora requalificados. Sendo assim, a Sudic assegurou que não existe espaço vago ou projetado para novos permissionários.

Já a ambulante Elizete Mendes, que trabalha no local há quase cinco anos, adverte que o problema é que os pais e mães de família que tiram de lá o seu sustento não têm para onde ir. Ela disse que a Direção do Centro de Abastecimento, na época em que estava em reforma, se comprometeu a cadastrar os ambulantes que estavam do lado de fora e colocá-los na área interna, o que não ocorreu. “Espaço no Centro tem para colocar a gente, o que falta mesmo é interesse da parte deles”, assegurou Elizete. Na última sexta-feira, os feirantes que ficam do lado de fora do espaço foram notificados pela Prefeitura de Salvador para saírem do local em até 72 horas. 

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