Salvador

Acidentes com mortes caem pela metade em Salvador; veja as 5 vias com maior número de casos

Adenilson Nunes e GiIberto Jr./BNews
O número caiu 51% na capital baiana entre 2012 e 2017; em 2012, foram registrados 247 óbitos nas vias, contra 120 em 2017  |   Bnews - Divulgação Adenilson Nunes e GiIberto Jr./BNews

Publicado em 28/11/2018, às 12h19   Diego Vieira


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Salvador atingiu, três anos antes, a meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a diminuição de mortes por ocasionadas por acidentes de trânsito. O número caiu 51% na capital baiana entre 2012 e 2017. De acordo com a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), em 2012, foram registrados 247 óbitos nas vias, contra 120 em 2017.

Segundo o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, estão sendo considerados apenas índices alcançados desde a implantação do Programa de Redução de Acidentes de Trânsito. Houve ainda queda de 37% do total de acidentes contabilizados com vítimas - mortas e feridas -, se comparado ao mesmo período: em 2012, foram 6.827 e, no ano passado, 4.277. Não foi diferente com o número de pessoas feridas, que apresentou diminuição de 25% entre 2012 (6.962) e 2017 (5.023).  

Para o superintendente, o resultado positivo está atribuído não apenas ao aumento das fiscalizações, como também à implantação do Projeto Vida no Trânsito e a integração com demais órgãos públicos.  

“No início da gestão do prefeito ACM Neto, foi criado um grupo gestor para focar no projeto Vida no Trânsito que envolve o fortalecimento dos nossos setores de engenharia e projeto, com o desenvolvimento de ações para readequação viária, sinalização, colocação de barreiras e guard-rails, além de iniciativas de educação para o trânsito. Além disso, a integração entre todos os órgãos foi muito importante, porque não é só apenas a fiscalização e a ação dos agentes do trânsito, que também é muito importante do ponto de vista de redução de acidentes, mas a integração com os órgãos de infraestrutura, por exemplo, foi essencial para atingirmos essa meta”, disse.

Outro fator apontado é a mudança comportamental dos motoristas soteropolitanos a cada ano. "As pessoas veem que na cidade há regras, que existe fiscalização. A partir disso, começa a surgir uma cultura de respeito à legislação de trânsito", acrescentou.

Além disso, para Fabrizzio, os dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também contribuíram para o alcance do resultado. “Quando se tem dados consolidados e seguros, você consegue identificar aquela mancha e passa a tratar aquele ponto de forma contundente”, ressaltou. Segundo o superintendente, essas informações foram responsáveis pela redução do número de vítimas de acidentes de trânsito na avenida Afrânio Peixoto, a Suburbana.

“Através da coleta desses dados, a avenida Suburbana passou por uma requalificação que trouxe elementos que reduziu a velocidade em pontos críticos de travessia de pedestres e com isso, a gente conseguiu reduzir o número de 17 acidentes fatais em 2016 para dois em 2017”, explicou.

Conforme a Transalvador, houve ainda a redução de mortes por 100 mil habitantes, índice utilizado mundialmente, passando de 9,11, em 2012, para 4,06 em 2017. Toda essa redução acontece a despeito do aumento da frota de veículos da cidade, que subiu de cerca de 820 mil veículos para quase 960 mil no mesmo período.

Vias com maior número de acidentes

De acordo com dados do órgão de trânsito, nos últimos três anos, a avenida Suburbana registrou o maior número de acidentes com vítimas fatais: em 2016, foram 172 acidentes com feridos e dez com mortes. Já em 2017, foram registradas 158 ocorrências com feridos e sete com mortes, enquanto até setembro deste ano, ocorreram 103 acidentes com feridos e dois com vítimas fatais.

No mesmo período, a avenida Paralela registrou 14 acidentes com vítimas fatais e 759 com feridos. A avenida ACM aparece com a mesma quantidade de acidentes fatais e 488 ocorrências com vítimas feridas. Já a avenida Octávio Mangabeira contabilizou 298 acidentes com sobreviventes e quatro com mortes. Na Vasco da Gama, foram 292 ocorrências com feridos e três com vítimas fatais.

Classificação Indicativa: Livre

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