Salvador

Conselho do Yacht Club da Bahia rejeita contas 2018-2019 e diretoria passada repudia decisão

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Prestação de conta havia sido aprovada pela auditoria independente, contabilidade e Conselhos Fiscal   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 23/10/2019, às 14h38   Redação BNews


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Após o Conselho do Yacht Club da Bahia desaprovar a prestação de contas da diretoria anterior, que comandou o clube pelos últimos quatro anos, a gestão encaminhou uma nota de esclarecimento repudiando a decisão do Conselho e afirmando que teve suas contas aprovadas pela auditoria independente-  Audicont- (escolhida pelo Conselho Deliberativo )- , pelo Conselho Fiscal e pela contabilidade que atende o clube há mais de 20 anos.

"A notícia veiculada hoje [terça-feira] refere-se a uma  desaprovação das contas analisada por uma 'Câmara de Finanças', órgão criado por uma AGE "nula" , após o fim da gestão desta diretoria e que se entendeu competente para deliberação acerca de fatos pretéritos a sua criação, diga-se de passagem este relatório foi fraudado, pois mesmo com toda a articulação para reprová-lo o primeiro relatório aprovou as contas por 4 votos a 2", afirmou a nota.

Informações obtidas pelo BNews dão conta de que o estatuto do clube determina que o presidente do conselho e o secretário instalem a assembleia e se retirem do comando, convocando dois associados que façam a AGE, mas os dois se mantiveram presidindo a assembleia, o que se configuraria uma nulidade ao estatuto. A assembleia criou a Câmara de Finanças que analisou e reprovou a prestação de contas da administração anterior.

A primeira reunião aconteceu no dia 17 de setembro e a prestação de contas teria sido aprovada, mas foi pedido mais prazo alegando falta de informação. Uma outra reunião foi convocada para o dia 14 de outubro e a composição da Câmara teria sido alterada para que as contas fossem rejeitadas. 

Ao BNews, o superintendente do Yacht, Jorge Tannus Simões, negou as acusações. Ele afirmou que a assembleia foi legal, com a ata registrada no Cartório de Título. Segundo ele, a Câmara de Finanças sempre existiu, mas por uma má interpretação do Código Civil, a Câmara ficou sem funcionar por cerca de quatro anos. "O Yacht Club, erroneamente, achou que o Conselho Fiscal era um substituto para a Câmara de Finanças, o que não é. São papéis diferentes. Nessa AGE de 2019 a Câmara voltou a existir", afirmou Simões.

O superintendente explicou que no dia 17 de setembro a Câmara de Finanças se reuniu para fazer a análise das contas, mas o tempo que teve com os pareceres da auditoria e do Conselho Fiscal foi curto e, no plenário, o presidente do Conselho sugeriu que a reunião ficasse em aberto e fosse marcada uma outra data para a Câmara tivesse mais tempo para analisar as contas. 

Na segunda-feira (21), o plenário votou pela rejeição das contas: “Não entenda como deslizes, como desvios. Foram rejeitadas, basicamente, fundamentadas em lançamentos contábeis as quais o plenário votou item a item, somente questões contábeis de lançamento errado e que geravam um resultado pouco usual diante dos lançamentos e esses ajustes serão promovidos em nossos balanços. As contas serão ajustadas e apenas alguns lançamentos serão revistos e lançados em contas apropriadas”.

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