Salvador

Átila do Congo crê em avanço após reunião na SSP sobre segurança dos motoristas de aplicativos: "Confortado"

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Presidente do sindicato da classe diz que secretário conseguiu feito "inédito" ao ter a presença de representantes das empresas na discussão  |   Bnews - Divulgação Diego Vieira/BNews

Publicado em 09/01/2020, às 12h52   Diego Vieira e Luiz Felipe Fernandez


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Átila do Congo, presidente do sindicato dos motoristas de aplicativos, se mostrou confiante após a reunião com o secretário de Segurança Pública e representantes das empresas, sobre a segurança dos profissionais que se arriscam ao trabalhar na cidade. Ele expôs as reivindicações da categoria e disse ter saído "um pouco confortado" com o que ficou definido.

"Ficou decidido que vai haver uma comissão do sindicato junto com as empresas, para debater todos os pleitos, para dar retorno dos resultados. Há proposta de integração da SSP com as empresas, para que esses crimes sejam evitados, para que medidas de segurança sejam adotadas, como integração de informações, para que muitos desses crimes não aconteçam mais [...] já que as empresas têm tecnologia para fazer", argumenta Átila.

O prazo para uma nova reunião, segundo o líder do sindicato, é de 20 a 30 dias, quando serão estabelecidas novas metas e analisados os resultados neste período. Entre os pedidos da classe estão o reconhecimento facial, o biométrico, por meio de impressão digital, para que haja um controle maior dos usuários dos aplicativos. "Isso também vai inibir muito os criminosos", confia.

Outro problema recorrente citado por Átila é a imprecisão da localização exibida pelos aplicativos, que nem sempre avisa o local exato onde o passageiro está, ou para onde vai. Para ele, as empresas têm agido de forma a coagir os motoristas que preferem recusar as corridas. 

"A empresa coage o motorista, ela pune o motorista que cancela determinada viagens. Isso é obrigar a aceitar uma corrida, por exemplo, em uma situação de vulnerabilidade, ele fica coagido com o preceito de que se não aceitar aquilo, ele será excluído. O que é isso se não coagir? se não, se comportar como patrão?", questiona. "O aplicativo mostra Rio Vermelho, quando vê é Nordeste de Amaralina, outro local, dez horas da noite", acrescenta.

O encontro é realizado quase um mês após a chacina na Mata Escura, no dia 13 de dezembro, quando quatro motoristas de aplicativos foram emboscados e assassinados com requinte de crueldade.

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