Maré alta causa prejuízos a ambulantes no Porto da Barra

A alta da maré registrada na tarde desta terça-feira (10), no Porto da Barra, em Salvador, causou prejuízos a vendedores ambulantes que comercializam no local.

De acordo com pessoas que estavam na praia no momento, a maré começou a subir entre 12h30 e 13h. A "ressaca" provocou correria entre banhistas e principalmente ambulantes, que tentaram pegar cadeiras e outros equipamentos em meio à água.

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Ambulantes ouvidos pelo BNews relataram que o problema já havia ocorrido na segunda-feira (9). "[Ontem] uma colega perdeu duas cadeiras. Uma cadeira dessa custa em torno de R$ 140. Garanto que, pelo movimento, não teve essa renda de lucro", afirma o vendedor de sobrenome Fraga, 48.

Ele ficaria na praia com o seu ponto de vendas até o início da noite, como de costume, mas precisou desmontar a barraca e retirar as cadeiras e sombreiros mais cedo, porque a maré estava praticamente atingindo a parede da balaustrada.

As altas marés são comuns durante o mês de março, mas, para o vendedor que comercializa no Porto da Barra há 35 anos, este ano o fenômeno apareceu cedo. 

"Estamos estranhando. Tá muito premeditado. Isso era sempre no meado de março. [Dia] 20, 25... De 20 pra lá. Não assim, tão em cima. Ela (a maré) já começou assim já tem uns seis dias, mais ou menos", relata.

As vendas da ambulante L. S., 37, também foram afetadas. "Prejudica muito, porque os clientes descem com vontade de ficar pra curtir um pouco, e chega aqui, a maré tira", ela diz.

A maré alta, porém, não intimidou alguns banhistas mais determinados a permanecer na praia mesmo com a curta faixa de areia. O gaúcho Edmilson da Silva, 55, e sua família, por exemplo, chegaram ao Porto da Barra por volta das 10h da manhã e passaram o dia no local.

"Não dificultou em nada pra nós. Com tempo ruim ou tempo bom, o calor é o mesmo. E a gente tem si divertido. Aliás, a maré alta fez a gente ri muito das pessoas que saíam rolando água afora", disse, bem-humorado.