Salvador

Visitantes do ‘Passando Rodo na Praia’ opinam sobre comportamento dos soteropolitanos com lixo nas praias

Vagner Souza/BNews
O projeto mobilizou diversos simpatizantes com a causa ambiental neste sábado (14)   |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 14/03/2020, às 14h22   Aline Reis


FacebookTwitterWhatsApp

Cozinheira e nutricionista, Maiara Luz revela preocupação com a qualidade do consumo de animais marinhos pela população. Ela esteve presente na manhã deste sábado (14), no projeto ‘Passando Rodo na Praia’, na praia de Stella Maris, em Salvador. Para ela, “as pessoas não tem noção das consequências do lixo”. 

“Daqui há alguns anos as pessoas não vão ter como comer os animais marinhos. Além do lixo, teve a questão do óleo aqui no Nordeste, uma tragédia e que o governo deu pouca importância, foi deixado de lado como a maioria das questões ambientais”, lamentou Maiara. 

A nutricionista que mora na capital baiana há três anos afirmou que a relação entre lixo e pessoas melhorou, no entanto, ainda precisa de mais visibilidade. “Recolho meu lixo e coloco numa lixeira, às vezes esqueço o saquinho, mas coloco dentro da bolsa. Infelizmente por comodismo nem todos fazem isso, mesmo que ainda vejam mensagens de conscientização o tempo todo”. 



Para além da praia, Maiara fez uma comparação entre o sistema de recolhimento de materiais recicláveis de Salvador e Porto Alegre, sua cidade natal. “Aqui em Salvador tem um ponto negativo, não há um costume dos profissionais de limpeza urbana passarem na casa das pessoas para pegar lixo reciclável, quem quiser tem que ir até um ponto e isso dificulta um pouco. Em Porto Alegra, tinha essa dinâmica três vezes na semana, sempre aprendi desde cedo a separar o lixo, isso ajuda muito”. 

A opinião do engenheiro mecânico, Alfredo França também não é muito diferente da nutricionista quando se trata da educação da população. Há dois meses morando na região da Praia do Flamengo, próximo ao mar, ele concorda que “há uma parcela que se preocupa com a conservação do meio ambiente”. 

“Além de ter quem não se importe, falta um cuidado dos poderes públicos. Diariamente faço caminhadas recolhendo lixo, muitas vezes levo para a casa, por não ter lixeira para jogar próximo. Então tem aquele cidadão que descartam pela falta de consciência ou porque simplesmente não tem onde jogar”, reclamou. 

,



“De um modo geral acredito que a população está mais consciente por causa da propagação das informações. Sempre que saio não deixo uma ‘pegada’ para o meio ambiente, isso acaba tendo um impacto na vida marinha, Deus nos deu isso e precisamos conservar para as próximas gerações”, completou Alfredo. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp