Salvador

Ações da prefeitura de Salvador marcam o Dia das Pessoas com Autismo

Vitor Santos/Sempre
De acordo com a secretária da Sempre, Juliana Portela, as ações refletem o cuidado e respeito da gestão municipal com o público autista   |   Bnews - Divulgação Vitor Santos/Sempre

Publicado em 18/06/2020, às 14h33   Redação BNews



A Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre) tem realizado ações com o objetivo de garantir os direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), grupo mais vulnerável ao coronavírus. As iniciativas são acompanhadas pela Unidade de Políticas Públicas para Pessoa com Deficiência (UPCD), órgão gerido pela pasta.

Segundo a Sempre, já foram entregues mais de 23 mil cestas básicas e mais de cinco mil kits de limpeza e higiene pessoal a alunos da rede municipal, público em geral e organizações sociais que atendem pessoas com deficiência, inclusive exclusivamente com TEA. 

As ações também foram estimuladas através do projeto Drive Thru Solidário e da campanha “Doa+Salvador”, lançada em parceria com o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, instituição vinculado à Sempre, e com a startup baiana SolidarEasy. 

Apelo

Outra decisão importante que atendeu a pleito das famílias refere-se à flexibilização da utilização de máscaras por pessoas com autismo. A medida foi autorizada pelo prefeito ACM Neto através do decreto de número 32.461. 

A utilização de máscaras se torna inviável para grande parte deste público, por conta da reatividade sensorial, texturas, objetos ou qualquer contato externo com a pele, tendo em vista a sensação de desconforto, dor e sofrimento, podendo desencadear crises graves. 

De acordo com a secretária da Sempre, Juliana Portela, as ações refletem o cuidado e respeito da gestão municipal com o público autista. “A Prefeitura tem um olhar inclusivo, enxerga e atua, sobretudo, nesse momento da pandemia, reforçando as ações para atender as necessidades e garantir os direitos das pessoas com deficiência”, afirmou.

Para o diretor da UPCD, Wagner Andrade, é importante ter ações articuladas respeitando a diferença do público. “Autismo não é doença, é uma condição. Por isso, a pessoa com autismo deve ser respeitada por sua diferença, como parte integrante da diversidade humana”, pontuou. 

O Dia Mundial do Orgulho Autista começou a ser celebrado em 2005, por iniciativa de um movimento de pais das pessoas com autismo, nos Estados Unidos. Eles comemoraram o sucesso na intervenção terapêutica com os filhos. A data foi replicada no Brasil e tem como principal bandeira o combate ao preconceito e o respeito às diferenças. No país, há cerca de dois milhões de pessoas com TEA. Em Salvador, estima-se que o número é de 45 mil.

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