Salvador

Trabalhadores do Porto de Salvador acusam gestora do Tecon por contratações irregulares; empresa nega

Divulgação/Wilson Sons
Bnews - Divulgação Divulgação/Wilson Sons

Publicado em 05/11/2020, às 21h37   Tiago José Paiva


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Diversos trabalhadores do Porto de Salvador, ligados à diferentes sindicatos das categorias envolvidas com trabalho portuário, agendaram uma reunião para a manhã de sexta-feira (5) nas proximidades do Órgão Gestor de Mão-de-Obra do Trabalho Portuário dos Portos de Salvador e Aratu (Ogmosa), na capital baiana.

O motivo da encontro é o suposto descumprimento da Lei Nº 12.815, que regulamenta o trabalho portuário. A Wilson Sons, empresa responsável pelo Tecon, principal terminal de contêiner do Nordeste, estaria contratando trabalhadores fora do sistema da Ogmosa, o que seria exigido pela regulamentação atual.

De acordo com os trabalhadores, a empresa está contratando pessoal como auxiliares, que não necessariamente precisam de registro, promovendo-os internamente para outras funções que exigem o registro no órgão. Esta brecha seria ilegal para os trabalhadores avulsos, que ameaçam fazer denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT-BA).

A ideia inicial seria a realização de uma greve ou de um movimento paredista, porém, por conta da pandemia da Covid-19, os trabalhadores portuários foram elencados como prestadores de serviços essenciais, fato que não permite este tipo de movimentação enquanto perdurar a crise. 

Em contato ao BNews, a assessoria da Wilson Sons se posicionou através da seguinte nota sobre o ocorrido:

“A Wilson Sons lamenta a veiculação de informações falsas e reafirma seu repúdio a toda forma de trabalho não prevista na legislação em vigor no Brasil ou que viole o ordenamento jurídico brasileiro, regulamentos e normas nacionais, conforme declarado em seu código de ética.

A Companhia, com mais de 180 anos, tem pautado sua conduta na ética, no respeito aos trabalhadores e às leis trabalhistas. Todos os colaboradores promovidos no Tecon Salvador, neste ano, são profissionais habilitados para a função e contratados de acordo com as leis trabalhistas brasileiras.”

A reportagem também procurou o Ogmosa, no entanto não conseguiu contato até o fechamento da matéria.

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