Salvador

Após conflito, entidades ligadas ao Yacht Clube tentam tranquilizar associados: "Plena harmonia"

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O Conselho Fiscal do Yacht Clube da Bahia acusou o Conselho Deliberativo da entidade de ter realizado “modificações na escritura contábil do clube”  |   Bnews - Divulgação Divulgação/YCB

Publicado em 05/12/2020, às 19h42   Redação BNews


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Após um conflito protagonizado entre o Conselho Fiscal do Yacht Clube da Bahia e o Conselho Deliberativo da entidade vir a público, os órgãos emitiram uma nota tentando tranquilizar os associados sobre as desavenças.

"[...] Os órgãos superiores do clube, cujas funções deliberativas e consultivas definidas estatutariamente têm desempenhado, sempre atuaram e continuam a atuar regularmente e em plena harmonia, em consonância com o que dispõe o Estatuto Social da entidade", diz trecho do documento.

A nota é assinada pelo presidente do Conselho Deliberativo, Antônio Eduardo Coutinho, Comodoro do Yacht Clube, Mário de Paula Guimarães Gordilho, e pelo presidente do Conselho Fiscal, Cristovam Oliveira.

O Conselho Fiscal do Yacht Clube da Bahia acusou o Conselho Deliberativo da entidade de ter realizado “modificações na escritura contábil do clube”, especialmente no Balanço e no DRE [Demonstração do resultado do exercício] relativos ao período entre julho de 2018 e junho de 2019, de forma arbitrária. 

Segundo eles, o procedimento foi realizado sem o conhecimento do Conselho Fiscal, e consequentemente, sem a emissão de Parecer Opinativo quanto às referidas alterações - o que representaria uma extrapolação das atribuições do órgão presidido por Mário Gordilho. A observação foi feita em parecer do último dia 30 de Setembro, que recomenda, sem quaisquer ressalvas, a aprovação das contas de 1º de julho de 2019 à 30 de junho de 2020. 

Contudo, o grupo  encaminhou a Comodoria e à Diretoria Financeira do Clube uma série de considerações e sugestões, visando medidas e retificações de lançamentos para reverter déficits anunciados para o período. No documento, também é registrado o "descontentamento, perplexidade e protesto" face à modificações que teriam sido realizadas pelo conselho deliberativo na escritura contábil do clube. 

As observações foram interpretadas como ofensivas pelo Conselho Deliberativo do Yacht Clube, que decidiu emitir uma  moção de desagravo. Em julho, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) afirmou que vai apurar os fatos contidos na notícia crime oferecida contra cinco membros do atual Conselho Deliberativo do Yacht Clube da Bahia, entre eles Gordilho, pela suposta prática de crime de falsidade ideológica contra a diretoria anterior.

As suspeitas de irregularidade recaem sob o processo de julgamento da prestação de contas de 2018/2019. 

Confira abaixo a nota na íntegra:

Nota aos associados

O Yacht Clube da Bahia, por meio do seu Comodoro, Mário de Paula Guimarães Gordilho, do presidente do seu Conselho Deliberativo, Antonio Eduardo Coutinho, e do presidente do seu Conselho Fiscal, Cristovam Oliveira, vem, em respeito aos membros do seu quadro associativo, esclarescer que os órgãos superiores do clube, cujas funções deliberativas e consultivas definidas estatutariamente têm desempenho, sempre atuaram e continuam a atuar regularmente e em plena harmonia, em consonância com o que dispõe o Estatuto Social da entidade e visando a preservação da própria instituição, ao tempo em que ressaltam que qualquer informação veiculada à respeito de supostas divergências entre os órgãos superiores do clube decorrem tão somente ou dá má interpretação dos fatos ou da incapacidade de compreensão dos papeis institucionais de cada um dos aludidos órgãos, razão pela qual reafirmam que todas as questões relativas ao clube são e continuarão sendo solucionadas no âmbito dos seus órgãos internos, segundo os ditames do próprio Estatuto Social do clube e segundo o melhor interesse dos seus associados.

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