Salvador

Hulk de saia: mulher que arrombou portão do 'Parque dos Dinossauros' explica por que teve atitude; veja vídeo

Montagem Bnews
Ela 'libertou' dezenas de pessoas que acharam que tinham sido esquecidas no espaço  |   Bnews - Divulgação Montagem Bnews

Publicado em 07/01/2021, às 14h53   Redação BNews


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Você provavelmente se impressionou com a força da mulher filmada nesta quarta-feira (6), no "Parque dos Dinossauros", quebrando a grade de um dos acessos do espaço e liberando dezenas de pessoas que acreditavam estarem presas no equipamento recém-inaugurado pela prefeitura de Salvador no bairro do Stiep. Você deve ter se espantado também com o fato dela ter sido a única entre dezenas de pessoas a ter a atitude de danificar o patrimônio público.

Mariúcha Guimarães utilizou as redes sociais para explicar o que aconteceu no fim daquela tarde. Segundo ela, apenas um único funcionário estava trabalhando aferindo a temperatura das pessoas e os visitantes não foram informados que os portões seriam fechados às 17h. Ela também não sabia que o espaço possuí uma outra saída. Após a repercussão do caso, ela passou a se autointitular “Hulk de saia”, em alusão ao personagem em quadrinho conhecido pela sua ultra força física. 

“Eu sou mãe de dois meninos, um de oito e outro de cinco, e estávamos no passeio junto com meu sobrinho e minha cunhada. O passeio foi bem legal para as proporções de Salvador. Em nenhum momento a gente viu um guarda municipal, se tinha eu não vi (...) Seguimos para um portão, o único que nós vimos, não tinha nenhum outro portão de acesso, quando entramos tinha um funcionário aferindo a temperatura, mas apenas ele, nenhum outro segurança ajudando, informando ou dizendo que o parque fechava tal hora. A gente não sabia que iria fechar às 17h, é um erro meu? É”, contou. 

A versão dada por Mariúcha, no entanto, é contestada pela administração do espaço. Em nota, a Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), afirmou que o local só foi fechado por completo após todos os visitantes terem saído. Segundo a pasta, quem estava no equipamento foi comunicado do fechamento dos portões por um funcionário. Após o informe, às 17h30, um dos portões foi fechado e foi dado um tempo de pelo menos 30 minutos para que os visitantes se retirassem pelo outro portão. 

“Na hora de sair a gente foi até o portão, vimos fechado, mas pensamos que alguém viria para abrir (...) Minha cunhada rodou o parque todo para ver o que aconteceu, ela bateu em umas guaritas de administração e rodou todos os acessos. O pessoal que estava atrás ligou para polícia, eu não sei qual foi a resposta da polícia, mas ela não apareceu. Com isso, as crianças que estavam com os adultos começaram a ficar nervosas, elas começaram a chorar e os adultos começaram a ficar alterados”, continua.

Mariúcha diz que só teve a atitude de arrombar o portão porque lembrou da morte dos três jovens na Praia de Jaguaribe durante um atentado. Na ocasião, homens armados que tinham como um alvo um rapaz acabaram atirando em banhistas que estavam próximos a ele. 

"Eu pensei: meu Deus do céu, se acontece algo aqui não tem para onde a gente correr, isso foi me dando uma certa aflição e o tempo foi passando. Não sei ao certo quanto tempo, mas ficamos de 30 a 40 minutos esperando (...) Não sei de quem é a culpa, não posso colocar a culpa no prefeito, nem nos funcionários, não sei se eles tiveram orientação", completa. 

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