Salvador

Moradores do Pituba Ville reclamam da contratação de empresa de segurança e falta de diálogo com administração

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Eles afirmam que decisões estão sendo tomadas de forma unilateral  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Google Maps

Publicado em 29/01/2021, às 18h29   Redação Bnews


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Quatorze funcionários do Pituba Ville, entre eles faxineiros e seguranças, estão prestes a serem dispensados de suas funções após a eleição de uma nova chapa de administração do loteamento que possui 30 edifícios. Nos planos da nova direção, está a contratação de uma empresa de segurança que passará a atuar na área.

Mas a mudança não tem agradado parte dos moradores, que questionam o custo da empresa e o futuro dos antigos colaboradores — alguns com mais de 15 anos de atuação e histórico de boa relação com os condôminos.

Um morador, que preferiu não se identificar, disse ao Bnews que a decisão foi tomada pela nova administração de forma unilateral, sem a realização de uma assembleia, tampouco apresentação de custos. Aos funcionários antigos foi informado que eles seriam realocados para o quadro de funcionários da nova empresa, mas, até o momento, não lhes foi apresentada nenhuma segurança de que a promessa será cumprida.  

"Foi feito isso sem nenhuma discussão. Dos 30 prédios, 16 síndicos se reuniram e pediram uma assembleia para ter explicações sobre as razões [da nova contratação] e ele [sindíco-geral] se recusou a isso, disse apenas que, a partir do dia 1°, todos seriam demitidos porque ele foi eleito. Ninguém é contra ou a favor, nós queremos discutir o assunto com transparência"

"São 14 pessoas, numa época de pandemia, todos demitidos, não tem uma garantia de que eles [funcionários] serão empregados novamente na empresa contratada", completa o morador. 

A empresa contratada atua no mercado de segurança em todo o Brasil, mas possui sede em Salvador, e oferece serviços como segurança patrimonial, terceirização de mão de obra e segurança eletrônica. O custo mensal é de R$ 53,5 mil. Os moradores alegam que há empresas que oferecem o mesmo serviço e com um custo bem menor. É questionado também o critério de escolha.

A equipe de reportagem procurou a Associação de Moradores e Proprietários de Imóveis do Loteamento Pituba Ville (AMPIV) que, por meio de nota, informou que a decisão foi apoiada pela ampla maioria dos síndicos.

“Com o objetivo de melhorar a segurança e promover a tranquilidade dos moradores, a diretoria da AMPIV, no uso das suas atribuições, conforme  art. 26, alínea g , art.2, parágrafo primeiro,  alínea c e art. 27 alínea h  do Estatuto Social da AMPIV, deliberou pela contratação de empresa especializada na prestação de serviços terceirizados de vigilância e segurança patrimonial para prestar serviços nas dependências do Loteamento Pituba Ville. Tal decisão foi apoiada pela ampla maioria dos Síndicos”, diz trecho do comunicado.

Ainda de acordo com o morador, a decisão não foi apoiada pela maioria, como afirma a Associação. Dos 30 síndicos do loteamento, pelo menos 16 foram contrários. Em um ofício emitido no dia 6 de janeiro, eles cobram a realização de uma assembleia extraordinária para discutir a contratação da nova empresa e questionam o valor mensal. 

 A AMPIV informou ainda que os funcionários, em sua totalidade, serão contratados pela empresa terceirizada "assim, não ficarão desamparados", reforça a associação. "O serviço de vigilância e segurança patrimonial contará com a presença ostensiva de agentes de portaria, vigias e vigilantes, devidamente habilitados e capacitados para agir de forma correta em momentos de riscos"

Em relação ao valor mensal pelos serviços da empresa, a associação argumentou que contratação não resultou em aumento das despesas com pessoal "pois o valor do contrato e o valor gasto pela AMPIV com mão de obra serão equivalentes".

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