Idoso que cata latinha para sobreviver ganha vaquinha virtual para comprar casa

Alberto é catador de latinha nas ruas de Salvador. Mas, antes disso, ele vendia balas pelos ônibus da capital baiana, porém, devido à pandemia do novo coronavírus, ele teve de se reinventar para se sustentar.

Residente do bairro da Liberdade, Alberto tem 61 anos, não é casado e tampouco tem filhos. Mora sozinho em uma casa com condições precárias e de apenas um único cômodo, sem fogão nem geladeira e, para se alimentar, ele acende uma latinha de sardinha com álcool e esquenta a comida. Para completar, o catador não tem aposentadoria, ou seja, todo o dinheiro que ganha recolhendo as latinhas pelas ruas, vai para o aluguel de R$ 250.  

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Devido a campanha feita no Instagram do engenheiro Felipe Abreu, a história de Alberto gerou uma grande repercussão nas redes sociais conseguindo, até esta sexta-feira (12), dobrar a meta que era de R$ 60 mil. Ele conta que tudo começou por conta da sua tia. “Ela conheceu seu Alberto na rua, quando estava contando a história da minha avó [que faleceu de Covid-19] e ficaram amigos. Minha família mora na Liberdade”, disse. Abreu explicou que, durante as festas natalinas, a sua tia estava juntando as latinhas da família para entregar ao catador e, durante a conversa, ela comentou que Alberto estava sem geladeira. “Então no dia 25 de dezembro fiz uma vaquinha e conseguimos fazer a campanha para conseguir uma geladeira. Como estou trabalhando e não podia ir para a Liberdade sempre, meus amigos conseguiram uma repercussão maior”, disse.

Porém, segundo Felipe Abreu, ele pediu para a tia e sua mãe irem até a casa de Alberto para saber quais as condições que ele vive. “Quando chegaram lá, minha mãe ficou mal e viu onde ele mora. Foi muito forte e eu disse que agora deveríamos dar uma casa para ele e fiz essa vaquinha”. Com as doações, já conseguiram arrecadar algumas coisas, incluindo um óculos novo, prótese dentária e cerca de R$ 6.083. Mas, tiveram de encerrar a vaquinha, pois o site Razões para Acreditar entrou em contato com o engenheiro para ficar à frente da arrecadação. “Seu Alberto quer comprar uma casa com varanda, para fazer uma mercearia e parar de catar latinha”, disse. Além do valor para a casa, o que sobrar, será destinado para os móveis de seu Alberto, já que o catador tem apenas um colchão que foi doado por vizinhos.

Quem quiser doar, basta entrar neste link e fazer a doação: https://voaa.me/senhor-alberto-moradia