Salvador

Associação do Mercado Modelo denuncia falta de logística para realocar permissionários durante obra

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Para a categoria a requalificação só deveria acontecer a partir do próximo ano  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Youtube

Publicado em 21/05/2021, às 09h51   Redação BNews


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Após o lançamento no início do mês dos editais para a obra de requalificação dos boxes Mercado Modelo, no bairro do Comércio, em Salvador, a presidente da Associação dos Comerciantes do estabelecimento, Ana Lúcia Garrido, disse que até o momento não há logística para realocar os permissionários durante a obra. 

Segundo ela, o retorno dado pela Prefeitura é de que os trabalhadores poderiam atuar em outros mercados municipais da cidade, no entanto, Ana Lucia afirma que os permissionários do Mercado Modelo atuam com artesanato e não com comida. “São pessoas que estão há 50 anos ou mais ali vendendo a Bahia através da arte e até agora não sabemos para onde vamos. Em 2004, teve uma obra de requalificação muito grande em torno de 20 meses e todos  continuaram no mercado, uma parte foi interditada enquanto outra funcionava normalmente”, disse em entrevista ao apresentador José Eduardo, na manhã desta sexta-feira (21), na rádio Metrópole. 

O orçamento estimado da obra é de R$ 14,5 milhões, provenientes de convênio com a Caixa Econômica Federal, e o prazo para conclusão das obras é de 12 meses. A data de início das obras ainda não foi divulgada.

A gestora destacou ainda a dificuldade dos profissionais devido aos fechamentos referentes a pandemia da Covid-19. “A requalificação da praça Cayrú durou dois anos e isso nos prejudicou muito por causa da entrada do estabelecimento, agora veio a pandemia e ainda querem novamente outra intervenção e tirar as pessoas. Não tivemos uma linha de crédito de apoio, estamos esperando a vacina chegar para todos e o turismo poder ter uma oxigenada”. 

Na próxima quarta-feira (26), uma reunião acontecerá entre a Associação e Prefeitura para definir a situação dos permissionários, revelou Ana Lucia. “Não temos nada contra a reforma, contanto que não tire os trabalhadores de lá, será a falência de 263 famílias que vai gerar a perda de 2 mil empregos, existe toda uma cadeia, por agora está bem difícil, o movimento diário chega a apenas a 50 pessoas”. 

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