Salvador

Crianças autistas aguardam há anos por terapia e estão sem medicamentos para controlar as crises

Reprodução/ RecordTV Itapoan
O grupo, formado por mais de 140 mulheres, utiliza as redes sociais para tentar conseguir doações  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ RecordTV Itapoan

Publicado em 13/08/2021, às 15h50   Redação BNews


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Mães de crianças autistas estão desesperadas ao verem seus filhos agitados e convulsionando devido à falta de medicamentos e de sessões de terapia que deveriam ser disponibilizadas pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

O grupo, formado por mais de 140 mulheres, utiliza as redes sociais para tentar conseguir doações. Muitas chegam a passar necessidade para comprar os remédios, que podem custar quase R$ 700 cada caixa.

Uma das mães contou ao Balanço Geral nesta sexta-feira (13) que sua filhinha precisa com urgência do medicamento, pois tem crises convulsivas e, apenas em um dia, teve 23 convulsões. Sem os mais de R$ 1.300 para adquirir as duas caixas do remédio que a menina utiliza, a garotinha corre o risco de voltar para a UTI e até mesmo morrer.

Além de controlar as convulsões, o medicamento deixa a menina mais tranquila, pois, sem ele, tem ficado agressiva e quebrado tudo em casa. A mãe nem contabiliza os gastos com as dezenas de fraldas utilizadas por semana; os itens não são dados pela prefeitura de Salvador. 

Outra mulher disse ao programa que está há dois anos na fila de espera para que seu filho consiga passar por sessões de terapia ocupacional. Ela citou que o menino precisa de ajuda especializada para reduzir a agitação, os episódios constantes de choro e melhorar a atividade sensorial.

Desesperada, uma das mães que participaram do programa relatou que está desde 2020 tentado conseguir o Benefício de Prestação Continuada para seu filho autista, mas que o INSS age de forma negligente e tem dificultado o acesso ao programa de ajuda mensal. Segundo a mulher, a perícia que estava marcada para quinta-feira (12) não constava na agência como agendada, entre outros problemas.

Outro lado: em nota a secretaria de Saúde negou haver baixa no estoque de medicamentos do município e que “o serviço está sendo ofertado normalmente”

Afirmou também que os distritos sanitários de saúde já foram abastecidos com fraldas tamanho P. “Uma nova remessa dos tamanhos M e G chegaram nesta sexta-feira (13) e distribuição acontecerá na próxima segunda-feira (16)”, diz a SMS.

Segundo a secretaria, os Centros de Atenção Psicossocial Infantil estão funcionando normalmente de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, “observando as normas e critérios de proteção à população diante do cenário pandêmico”.

Atualização às 19h19 com posicionamento oficial da SMS

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