Salvador
Publicado em 09/09/2021, às 17h23 Redação BNews
Pré-candidata a presidente da OAB da Bahia, Daniela Borges afirmou nesta quinta-feira (9) que a instituição não pode funcionar como plataforma para projetos pessoais e políticos partidários. As declarações foram dadas em entrevistas concedidas a veículos da imprensa da região do Recôncavo baiano.
Na ocasião ela ressaltou que o papel da OAB é lutar por uma advocacia fortalecida e, por consequência, estar na linha de frente da defesa da Constituição e do estado democrático de direito. “Nós precisamos de uma OAB que desempenhe um papel político na defesa da Constituição e do estado democrático de direito, mas não uma instituição que atue em favor de ideologias de um lado ou de outro. O papel da OAB é, sobretudo, na defesa da advocacia, o que, por si só, já se configura na defesa da cidadã e do cidadão que buscam resguardar seus direitos”, pontuou.
Durante as entrevistas, ela também fez críticas ao Poder Judiciário, que enfrenta uma crise estrutural, agravada com a pandemia, e cobrou uma resposta frente à crise enfrentada nos fóruns, tribunais e comarcas de todo o estado. “O Poder Judiciário perde a credibilidade frente à sociedade, em razão das crises subsequentes que envolvem toda essa estrutura. As portas da Justiça estão fechadas para a advocacia e para cidadãs e cidadãos”, afirmou.
Para Daniela a realidade é ainda mais crítica no interior, com a necessidade de deslocamento para outras cidades, por parte de advogadas e advogados, para poder dar entrada em processos. “Soma-se a isso a crise que enfrentamos com a pandemia. Do ponto de vista da OAB, além dos enfrentamentos para sanar a crise do Judiciário, precisamos também de um projeto que proporcione uma retomada da advocacia baiana, que foi duramente impactada nesse período, inclusive do ponto de vista econômico”, ressaltou.
Daniela Borges considera ainda que a entidade vive um momento histórico e coloca em prática os valores que defende. “Temos, na minha pré-candidatura e da advogada Christianne Gurgel para a vice-presidência, um marco histórico no Sistema OAB. Mas isso é fruto da luta que nós, mulheres advogadas, desempenhamos ao longo dos anos, pela paridade de gênero, que, em nossa seccional, foi instituída antes mesmo de ser obrigatória”, disse.
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