Salvador

Ambulantes fazem fila para realizar o credenciamento do Carnaval 2023 e denunciam sistema da SEMOP

Reprodução/Vídeo
Os vendedores foram vistos em fila nesta terça (7), e alguns alegaram que não confiam no sistema virtual para emitir a licença  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Vídeo

Publicado em 07/02/2023, às 18h29   José Ivan Neto e Sanny Santana


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Mais uma vez, ambulantes foram vistos realizando acampamentos improvisados na região da sede da Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEMOP), que está localizada no bairro de Jardim Santo Inácio, em Salvador, por conta do cadastramento para o Carnaval de 2023.

Na última segunda-feira (30), os vendedores já haviam sido vistos enfileirados para pagar uma taxa referente ao credenciamento para a Festa de Iemanjá no local. Nesta terça-feira (7), um leitor enviou à equipe do BNews um vídeo em que é possível ver alguns ambulantes sentados ou apoiados nos muros de estabelecimentos próximos à SEMOP.

O órgão informou que o credenciamento para a maior festa popular do Brasil será feita de forma totalmente virtual, e será iniciada nesta quarta (8). Entretanto, a ambulante Leide, de 39 anos, em entrevista ao portal BNews, afirmou que está na fila há uma semana para conseguir a licença.

“Ele disse que seria online [o cadastramento], mas na hora, tudo dá errado. Esse sistema, que sempre caí, aí fala que acabou a licença, então eu não vou me arriscar, tenho uma criança pequena. Faz duas semanas que estou aqui”, relatou.

“Ele está mandando a gente embora, mas a gente vai para onde? E se eu não conseguir minha licença”, questionou a vendedora, que não conseguiu se credenciar para o Furdunço, e está na fila há duas semanas por conta da Festa de Iemanjá.

Rita de Cássia, uma outra ambulante, que também está na fila da SEMOP, reforçou a narrativa dita por Leide. “Eu estou aqui por medo de não conseguir [a licença], por a gente estar aqui desde o dia 13 e muitos aqui não saberem mexer no celular, não terem internet”, denunciou.

“Nosso objetivo de estar aqui não é só pegar a licença, porque a gente também tem que pagar, carimbar, é um processo, um cansaço, um desgaste físico”, desabafou a vendedora.

“Estamos aqui lutando, para ver se amanhã, quem não conseguir online, nós já estamos aqui na sede da SEMOP”, finalizou.

O BNews entrou em contato com a SEMOP a fim de receber um pronunciamento do órgão. Assim que a redação receber uma nota, a matéria será atualizada.

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