Salvador

Bruno Reis diz que empresas de ônibus estão sem poder pagar 13° salário de rodoviários

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Prefeito de Salvador fez novo apelo para que rodoviários desistam de greve na próxima semana  |   Bnews - Divulgação Joilson César/BNews

Publicado em 03/11/2023, às 12h16 - Atualizado às 12h19   Daniel Serrano e Daniel Brito


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O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), revelou na manhã desta sexta-feira (3), em conversa com jornalistas, que as empresas operadoras do transporte público por ônibus da capital baiana estão sem recursos para pagar a primeira parcela do 13° salário dos rodoviários.

A declaração ocorre três dias antes da assembleia da categoria, que está marcada para a próxima segunda-feira (6). Os trabalhadores podem entrar em greve por tempo indeterminado se não houver acordo com os empresários, alvos da manifestação por, segundo os funcionários, descumprirem um acordo coletivo de trabalho.  

O rodoviários sabem as dificuldades que enfrentam as empresas. Inclusive, elas estão sem dinheiro para pagar a parcela do 13° salário no dia 20 de novembro. Quando chega no final do mês, o que se apura de recursos frutos das passagens é insuficiente para pagar a despesa com o motorista, com o cobrador, com o combustível, com a manutenção dos ônibus", disse.

Novamente, o prefeito fez um apelo para que a categoria desista do movimento por causa da gravidade da crise que o sistema enfrenta. "Toda vez que eles fecham a garagem, agrava mais essa crise, porque diminui a receita de um sistema que já é deficitário. A greve só vai agravar a situação. Nos outros anos nós tínhamos pandemia, tínhamos pago o desequilíbrio da pandemia dentro do contrato, em 2023 não. Há um desequilíbrio grande e nós estamos discutindo como reequilibrar o sistema", adicionou.

Bruno Reis revelou ainda que, diante da falta de subsídio por parte do governo federal para o transporte público, o município deverá buscar instituir sua própria iniciativa para socorrer o setor em Salvador. Ela, porém, deverá antes disso passar pelo legislativo da capital baiana.

"Vai depender de aprovação legislativa para que a gente possa pagar o subsídio. Já que o governo federal não vai ajudar, não vai pagar, a Prefeitura vai ter que assumir esta responsabilidade. Mais uma que, infelizmente, os municípios brasileiros vêm assumindo pela ausência de participação do governo federal", declarou.

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