Salvador

Cachorro morre em clínica veterinária de Salvador e funcionários enterram animal sem comunicar família; entenda

Arquivo pessoal
Família acusa clínica veterinária de não informar onde cachorro foi enterrado  |   Bnews - Divulgação Arquivo pessoal

Publicado em 22/03/2024, às 21h35   Cadastrado por Victória Valentina


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A dor de perder um animal de estimação foi, por ora, substituída pela indignação de nem saber onde o bichinho foi enterrado. A situação aconteceu com a educadora Aline Cruz e sua família, donos do shih-tzu Dudu, que partiu aos 5 anos de idade nesta semana, em Salvador.

Em contato com o BNews, Aline relatou que na madrugada de quarta (20) para quinta-feira (21), Dudu começou a ter crises convulsivas, em sequela de uma doença contraída há dois anos, e foi levado pelos donos para a clínica veterinária 24h Latidos & Miados, localizada no bairro do Cabula, onde foi tratado outras vezes.

"Ele veio convulsionando, mais de doze convulsões, da Nova Brasília até o Cabula. Chegou na clínica e foi atendido e medicado por um veterinário, estava com o corpo muito quente. Teve uma parada, aplicaram adrenalina, mas ele não resistiu e veio a óbito", relatou.

Segundo a educadora, todo o problema começou a partir da confirmação da morte de Dudu, quando a clínica veterinária apresentou duas opções: retirar o corpo e levar para casa ou arcar com o custo de um serviço terceirizado para fazer o sepultamento do cachorro.

"Minha filha e minha nora optaram por voltar pra casa com o corpo, porque meu filho de 8 anos estava sofrendo muito. Elas optaram por arcar com o custo de R$ 130 do necrotério e R$ 500 do sepultamento, e o pagamento só podia ser feito via Pix. Assim elas fizeram, saíram da clínica arrasadas e voltaram para casa. Elas queriam pagar o valor do necrotério para vir de manhã com uma outra empresa com um valor mais acessível para retirar o corpo e fazer um velório entre a família, dentro das nossas condições, mas disseram que isso não podia, só podia ser feito com a empresa terceirizada", relatou.

Na manhã de quinta-feira (21), a clínica ligou para a família informando que já havia feito o sepultamento do animal em um cemitério de Brotas, mas sem comunicá-los com antecedência.

"Pedimos o endereço pra gente levar os brinquedos dele, umas flores, mas disseram que só podia três meses depois pois o cemitério estava passando por uma reforma e alegaram surto de gripe, mas aí me ligou um sinal de alerta de que tinha algo errado", continuou.

A partir daí, os donos de Dudu começaram a entrar em contato com Marco Ramalho, dono da clínica, que culpou um funcionário pelo enterro do cachorro. Em busca de respostas, a família foi até o local no fim da tarde desta sexta-feira (22), mas não conseguiu falar pessoalmente com o responsável pelo local.

"Ele disse que viria [até a clínica], mas depois disse que a mulher estava passando mal e não me atende mais. Estou exigindo um atestado de óbito do meu cachorro e estou sendo negada", disse Aline. "Eu não tenho noção de onde está o meu cachorro, o corpo do meu cachorro", relatou, exaltada.

Diante da falta de respostas, Aline registrou um boletim de ocorrência na 11ª Delegacia Territorial (DT/Tancredo Neves) contra Marco. No entanto, acabou descobrindo que o dono do local também registrou um B.O, mas contra o suposto funcionário que teria "agido de má fé" com a situação envolvendo o animal de estimação da educadora. 

A equipe do BNews tenta contato com Marco Ramalho, dono da clínica veterinária Latidos & Miados, mas, até a publicação da matéria, não teve os questionamentos respondidos. O espaço segue aberto para manifestações.

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