Salvador

Ninhos de tartarugas são monitorados após roubos de ovos na Bahia

Reprodução/TV Santa Cruz
Roubo de ovos acontece com frequência no extremo sul da Bahia  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Santa Cruz

Publicado em 29/02/2024, às 12h17 - Atualizado às 13h16   Cadastrado por Sanny Santana


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Ninhos de tartarugas passaram a ser monitorados depois que ovos começaram a ser roubados em pelo menos oito pontos de desova neste verão, na cidade de Alcobaça, no extremo sul baiano. A espécie mais encontrada na região é a cabeçuda, mas todas as cinco espécies presentes estão ameaçadas de extinção.

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Ao g1, o analista ambiental do Centro Tamar do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Marcello Lourenço, contou que as tartarugas têm tido dificuldades para chegar na fase adulta. 

O período de reprodução das tartarugas marinhas vai de setembro até março, sendo que cada ninho tem uma média de 120 ovos. Em Alcobaça, os ninhos das tartarugas da espécie cabeçuda começaram a ser monitorados no ano passado.

Nessa temporada reprodutiva das tartarugas marinhas em Alcobaça, 40% dos ninhos foram roubados. Em alguns deles todos os ovos foram levados.

"No último, a tartaruga colocou o ovo ao meio-dia, o que foi uma surpresa para a gente, e duas horas da tarde eu já recebi mensagens de que já tinha gente no local. Fui até o local e quando cheguei já tinham violado o ninho e não se encontrava nenhum ovo lá dentro", contou, ao site, a fiscal ambiental Railda Neves.

De acordo com o responsável pela base do Centro Tamar do ICMBio, o extremo sul baiano é a região com maior incidência de roubo de ovos de tartarugas. 

Para proteger os ninhos, um berçário improvisado foi montado em um espaço cedido por uma empresa de pescados na beira da praia. 

Segundo a secretária de Meio Ambiente de Alcobaça, Daiane Mafra, todos os quatro ninhos levados para o berçário foram identificados na zona urbana da cidade. Dois deles já estavam violados e os ovos já tinham sido levados. Agora, apenas um ninho permanece no cercado.

Os roubos estão sendo investigados pela Polícia Civil. Segundo o delegado substituto Kleber Gonçalves, o fato de mexer nos ninhos já é considerado crime, especialmente se houver a subtração e depois a venda dos animais.

Na última quarta-feira (28), uma reunião com representantes da Secretaria de Meio Ambiente de Alcobaça, Centro Tamar ICMBio e Polícia Militar foi realizada para discutir o assunto e traçar estratégias para combater o crime ambiental. As informações são do g1.

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