Salvador

O que mudou? Salvador volta a ter desfile no 7 de setembro após dois anos

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Após dois anos a cidade poderá rever o desfile cívico nas ruas do centro da cidade  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Secom

Publicado em 07/09/2022, às 05h00   Osvaldo Barreto


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7 de setembro de 2019, uma forte chuva atingia a capital baiana antes do tradicional "Desfile do 7 de Setembro". Cinco mil pessoas compareceram ao dia comemorativo, bem distante dos 20 mil contabilizados em 2018. A verdade é que quem estava por lá mal sabia o que o mundo viveria nos anos seguintes.

Alguém desavisado ouviu parte do hino da independência: "Não temais ímpias falanges, Que apresentam face hostil. Vossos peitos, vossos braços, São muralhas do Brasil. - A mensagem de apoio a tropa poderia ser interpretada como uma premonição de força aos soteropolitanos que resistiram à pandemia provocada pela Covid-19. 

Lembranças

O servidor público, Edvaldo Bonfim, recorda do último desfile que pôde participar. "Em 2019, pude ver passar a tropa de veteranos e fiquei bastante emocionado. E agora, na comemoração dos 200 anos de independência do Brasil, terei oportunidade de estar do lado de cá e desfilar como veterano". 

O socorrista Leandro Aleluia lamenta que nesses últimos dois anos deixou de levar sua filha para o desfile, um momento que a família considera importante no calendário. "Senti falta sim. Por não ter levado a minha filha novamente para ver o desfile, ela que desfilou ao meu lado em 2019", disse à reportagem do Bnews.

Das lembranças para mudanças

Durante esses dois anos sem desfile, muita coisa mudou. A começar pelas 8.396 vidas perdidas para o coronavírus na cidade. Passando pela política, ACM Neto deixou a prefeitura e as eleições de 2020 colocaram Bruno Reis com o bastão. Na Câmara de Vereadores, Geraldo Junior, que era aliado de Neto, agora está na oposição de Bruno e como candidato a vice-governador em aliança com o Partido dos Trabalhadores.

No mesmo período, dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados em junho deste ano, revelaram que Salvador é a segunda capital que mais registrou mortes violentas em 2021, com taxa de 55,6.  Como ironia do destino, o Passeio Público, próximo à Avenida 7, que hoje recebe o grande desfile, foi palco de um dos crimes mais bárbaros de 2022, a morte da menina Cristal Pacheco, 15 anos, vítima de latrocínio quando ia para escola.

E nos gramados?

A dupla BaVi também decepcionou nos últimos dois anos. Se em 2019, o Bahia disputava Série A, Sul-Mericana e em 2021 chegou a vencer a Copa d Nordeste, o Esquadrão agora briga na Série B para voltar aos anos de sucesso. Do lado Rubro-negro, o Vitória brigou para não cair para Série C, mas não teve jeito, a luta agora em 2022 é para retornar para Série B do Campeonato Brasileiro. 

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