Salvador

Passageira que não quis ceder lugar para criança em voo relembra deboche: ‘Quer ver as nuvens?’

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A briga ocorreu no Aeroporto Internacional de Salvador (SSA) no vôo da Gol com destino para o Aeroporto de Congonhas (CGH) no dia 2 de fevereiro  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Redes Sociais

Publicado em 08/02/2023, às 12h58   Cadastrado por Bruno Guena



Uma das passageiras envolvidas na confusão em um voo, que saía de Salvador (BA) com destino a São Paulo (SP), contou que antes de ser agredida, a autora da agressão carregava uma criança nos braços e entregou o menino para terceiros. A briga ocorreu no Aeroporto Internacional de Salvador (SSA) no vôo da Gol com destino para o Aeroporto de Congonhas (CGH) no dia 2 de fevereiro. Durante a confusão uma mulher chegou a ficar com o seios de fora.

Segundo Edilene da Silva Barracho, ela mora em Cubatão (SP) e estava passando as férias na Bahia. A técnica de enfermagem voltava com as filhas e uma sobrinha quando ocorreu a confusão.Segundo a mulher, a briga começou após ela ter pedido a mulher que estava com uma criança saísse do lugar que ela tinha reservado.

"Me aproximei e falei: ''Moça, você poderia se retirar do meu lugar? Ele foi reservado'. Ela falou para mim: 'Então, é que a minha filha é especial [pessoa com deficiência]'. Respondi: 'Comprei a passagem com antecedência porque não gosto de ficar no corredor nem no meio, pois, me sinto sufocada. Me sinto mais segura na janela'", lembrou.

A técnica de enfermagem disse que a mulher não gostou e os familiares começaram a provocá-la. "Deixa a bonitona sentada aí. Ela não quer ver as nuvens?'. A irmã dela, que estava do outro lado [da aeronave] falou: 'Ridícula, a criança é especial'".

Ainda de acordo com Edilene, a briga só iniciou após uma ligação que ela fez para o irmão se queixando do caso. "Ela 'jogou' a menina [criança] no colo de terceiros e veio me bater. Minha filha [mais velha] logo tentou nos separar, mas veio uma outra [familiar do outro grupo] já agredindo. Foi muito rápido. Nas imagens, dá pra ver que ele puxou o meu cabelo", relembrou.

Edilene disse que teve um ferimento na boca, arranhões em um dos braços e ficou com a cabeça doendo devido aos puxões de cabelo. A filha mais velha dela contou ter tido o braço e a testa arranhados.

Depois da briga, os dois grupos deixaram a aeronave e retornaram para São Paulo em voos diferentes. Edilene deixou Salvador no mesmo dia, por outra companhia aérea, e desceu no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Depois do caso, ela se dirigiu ao 1º Distrito Policial (DP) de Santos e registrou um boletim de ocorrência.

Em nota, a Gol informou que a "cena do vídeo que circula nas redes sociais aconteceu antes da decolagem do voo G3 1659 da última quinta-feira (2) entre Salvador (SSA) e Congonhas (CGH), em São Paulo".

Ainda de acordo com a Gol, as "pessoas que protagonizaram a cena de agressão foram desembarcadas e não seguiram viagem naquele voo. Os dois grupos envolvidos viajaram na mesma data, mas em voos diferentes com destino a CGH". Diferentemente do que diz a Gol, Edilene contou ter desembarcado no aeroporto de Guarulhos.

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