Salvador

“Temos planos de contingência”, garante secretário de Mobilidade sobre chance de greve dos rodoviários

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Ônibus saíram cerca de quatro horas após horário tradicional por paralisação de rodoviários  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube BNews

Publicado em 30/04/2024, às 09h55   Samyle Fônseca e Pedro Moraes



A iminente greve de ônibus em Salvador deixou os usuários do transporte público tensos desde a manhã desta terça-feira (30). Essa possibilidade foi afirmada pelo diretor do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo. No entanto, conforme relatado pelo secretário municipal de Mobilidade (Semob), caso esse cenário seja concretizado, os planos de contingência serão aplicados.

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“Temos planos de contingência de diversas formas. Hoje [terça-feira], por exemplo, tivemos a paralisação de duas garagens. Elas duas juntas têm 460 veículos estacionados e atendem a região principal de Mussurunga, Águas Claras e Cajazeiras. O que nós fizemos foi remanejar ônibus de outras garagens para atender parcialmente essas linhas afetadas”, mencionou em entrevista ao BNews.


Confira outros trechos da entrevista após a paralisação dos rodoviários:


PARALISAÇÃO DESTA TERÇA-FEIRA (30)
“É um exemplo péssimo que atinge diretamente o usuário do transporte, o cidadão que não teve nada a ver com as exigências, o pleito dos rodoviários. A campanha salarial dos rodoviários é legítima, eles têm o direito de fazer isso, desde que não tragam impactos, sobretudo para as pessoas que utilizam no dia a dia. A prefeitura já está junto com a Procuradoria estudando possibilidades jurídicas para que entre com pedido liminar. Hoje inclusive saiu uma liminar que foi dada entrada pela Procuradoria, impedindo que houvesse fechamento de estações de ônibus, justamente para não ter prejuízo ao cidadão”.


EXIGÊNCIAS COMO DESLIGAMENTO DOS COBRADORES 
“Não temos conhecimento de forma oficial da pauta, ainda não tive acesso, me parece que essas assembleias são para discutir essa pauta a ser levada na negociação com as concessionárias de ônibus, que é entre os rodoviários e os sindicatos das empresas. A Prefeitura entra, nesse momento, apenas como facilitadora, mediadora desse entendimento entre as partes. Não temos atribuição de decidir ou tomar caminho, a não ser facilitar para que a gente tenha o menor impacto na operação de transporte".


DIFICULDADE
“O sistema de transporte passa por uma enorme crise, não é só em Salvador, é em todas as capitais. Tanto que Salvador, pela primeira vez, aprovou uma lei que autoriza o município a pagar subsídio tarifário, que é a diferença entre a tarifa técnica, ou seja, o custo do sistema, para que o sistema tenha uma tarifa que de fato remune o serviço, e a tarifa pública, que é aquela que o usuário paga. Como a tarifa técnica é maior que a tarifa pública, e a Prefeitura, para que o usuário não tivesse que pagar a mais, está assumindo. Hoje a conta é mais de R$ 0,40 por passageiro transportado, então a Prefeitura tem feito um esforço muito grande do ponto de vista financeiro e orçamentário para manter o sistema funcionando, inclusive para manter os empregos dos rodoviários. Essas paralisações, além de atrapalhar a vida do usuário do transporte, trazem consequências muito ruins para o equilíbrio financeiro e econômico dessas empresas, que podem precisar inclusive de ter que demitir funcionários. E é isso que a gente tem buscado esforço, que pede a sensibilização do próprio sindicato, que não faça nenhum tipo de paralisação que traga ainda mais impacto a saúde financeira das concessionárias". 

Classificação Indicativa: Livre

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