Saúde

Congresso debate o envelhecimento da população e a ação das santas casas

Publicado em 24/09/2015, às 13h20   Vinícius Ribeiro (Twitter: @vin_ribeiro)



Com temas que visualizam a administração e as políticas em torno das instituições de saúde, a 25ª edição do Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos reúne em Salvador gestores e especialistas do setor. O evento teve início ontem (23) e segue até a próxima sexta-feira (25) no Hotel Pestana, no Rio Vermelho.

Nesta manhã, três palestras simultâneas foram realizadas. Estiveram em pauta no evento o fortalecimento das instituições públicas e o cenário de certificação; o envelhecimento da população e o impacto nas assistências; e os desafios no setor.

Palestrante de uma das mesas mais disputadas do evento, a ex-gestora do SUS e docente da USP, Marília Louvison (foto), falou sobre o impacto do envelhecimento da população no sistema de saúde.

"A população está envelhecendo muito rapidamente no Brasil. A sociedade envelhece porque nasce menos e cada vez os idosos usam o sistema de saúde, não só por doenças, mas por questões naturais mesmo", explicou. Segundo ela, o importante é estabelecer uma nova cultura de que os hospitais não são pontos de estadia permanente para o paciente.

Através de um programa chamado Amigo do Idoso, exposto no evento, Louvison direcionou os gestores para uma nova postura em relação a este atendimento, contando com o apoio de funcionários dos hospitais e familiares.

Sobre a importância do Congresso para a discussão de alternativas para as santas casas saírem da crise, a palestrante disse que é preciso compartilhar ideias. "A gente tem que discutir coisas novas, juntos. A inovação pressupõe em você juntar quem pensa diferente e, através desta diversidade, construir uma prática inovadora", opinou.

Rosina Bahia, presidente da Liga Álvaro Bahia, destacou a presença de entidades portuguesas e o trabalho das santas, mesmo com restrições financeiras. "Foi feito aqui um levantamento sobre todos os procedimentos realizados por estas entidades meritórias, que enfrentam dificuldades por causa de um subfinanciamento do SUS. Mesmo assim, as santas casas e hospitais filantrópicos se viram para poder realizar o atendimento com qualidade”, disse ao Bocão News.

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