Saúde

Aos poucos estamos resgatando a esperança, diz associado do Espanhol

Publicado em 29/10/2015, às 00h20   Tamirys Machado (Twitter: @tamirysmachado7)


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Com dívida estimada em 600 milhões, o Hospital Espanhol deve ter nova diretoria em breve. A reunião realizada na noite desta quarta-feira (28) no salão do Clube Espanhol debateu a dinâmica para a Assembleia Extraordinária da destituição da diretoria atual, marcada para 4 de novembro de 2015. Aproximadamente 50 sócios compareceram ao encontro promovido pelo Fórum Independente de Sócios, Amigos e Colaboradores do Hospital Espanhol. “Esse encontro serviu para repassar o que ocorreu durante a semana e organizar a dinâmica da Assembleia de destituição”, pontuou a presidente do Fórum, Mirian Bulhosa. 
Os sócios presentes ressaltaram a esperança em resolver o problema da unidade hospitalar. Para o sócio e também presidente do Clube, Humberto Campos, a situação financeira do hospital é quase impossível de reverter. “O débito se estende a quase 600 milhões e será dificílimo sanar esse déficit, porém, ao poucos estamos resgatando a esperança”, pontuou. Ele colocou que se “a nova diretoria conseguir uma parceria para proporcionar aos associados um plano de saúde, já vai ser um avanço”, disse, ressaltando que a maioria do quadro de associados é idoso, o que eleva o valor de um plano de saúde. 
A questão do plano de saúde foi um dos principais questionamentos dos associados presentes, já que com o hospital desativado eles perderam a assistência médica. “Já pagamos o título, e tínhamos direito de utilizar o hospital enquanto estava funcionando. Agora, como perdemos, temos que pagar por fora outro plano de saúde. Eu pago para mim e minha mãe que tem 93 anos”, afirmou Ana Maria, 56, sócio do Espanhol há 50 anos. Outra sócia que não quis se identificar, disse que retira R$1.700 reais todo mês para pagar assistência de saúde. “Hoje eu posso pagar, mas a gente nunca sabe o dia de amanhã. Se eu não tiver condições? Esse é um patrimônio nosso e essa situação precisa ser resolvida”, ressaltou. Outro incomodo unânime dos sócios é a falta de transparência da diretoria atual. “Queremos que quem assuma tenha transparência na gestão”, disse um dos sócios. 
Interventor é nomeado 
Durante a reunião foi apresentado também o interventor já nomeado pela justiça, o advogado Cristiano Reis. Ele explicou que após a Assembleia Extraordinária, onde os sócios votarão para a destituição ou manutenção da diretoria atual, é determinado 30 dias para formar outras chapas e convocar novas eleições. 
“O meu papel como interventor é presidir a Assembleia Geral , depois convocar uma nova eleição, caso os sócios optem por pela destituição da atual diretora”, explicou. Conforme Reis, qualquer sócio “em gozo de pleno direitos do estatuto” pode se candidatar. 

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