Uma sucessão de mal atendimento médico pode ter levado a aposentada Antônia Chagas Lima, 65, a morrer com suspeita de dengue hemorrágica.
Segundo o A Tarde Online, embora a certidão de óbito aponte choque irreversível, febre hemorrágica e dengue, a família de Antônia afirma que o médico apenas examinou a garganta da paciente, atendida na policlínica municipal do Parque Ipê na quarta-feira (13).
O seu irmão, o motorista Matias Chagas Lima, declarou para o A Tarde que mesmo informando que Antônia tinha vomitado sangue duas vezes, o médico apenas teria receitado um remédio e recomendado repouso. O médico não teve o nome divulgado.
Ao perceber que a saúde da aposentada piorava, Matias a levou novamente para a Policlínica, onde ela tomou soro e foi encaminhada para o Hospital Estadual Clériston Andrade. Já no hospital, Antônia teria esperado atendimento, por duas horas e meia, dentro da ambulância devido falta de maca.
O irmão, desesperado, denunciou a situação para uma rádio local, mas, ainda sim, a paciente teria ficado horas depois esperando no corredor do Hospital.
Quando piorou o seu estado de saúde, foi levada para a UTI, mas acabou não resistindo. A aposentada faleceu na quinta-feira (14), o enterro foi realizado nesta sexta-feira (15).
Em entrevista ao A Tarde, o secretário municipal de Saúde, Getúlio Barbosa, afirmou que irá abrir uma sindicância e, se preciso, também irá convocar a participação do Cremeb (Conselho Regional de Medicina) para avaliar o procedimento do médico. A diretoria do Clériston Andrade foi procurada pelo veículo, mas não se manifestou sobre o caso.
Informações A Tarde