Saúde

Itália: após coronavírus, cadáveres chegam a ficar 24h em casa

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Após 20 dias tentando combater o novo coronavírus, a Itália começa a enfrentar problemas   |   Bnews - Divulgação Reprodução/Google Street View

Publicado em 12/03/2020, às 07h06   Redação BNews



Além do superlotamento de hospitais e da falta de médicos e enfermeiros, a Itália começa a enfrentar problemas na gestão dos corpos das vítimas que chegam a ficar 24 horas em casa. 

Após 20 dias, o país já soma 827 mortes relacionadas à covid-19. Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, além do maior número de corpos, que congestionam o serviço funerário de cidades pequenas, a remoção dos cadáveres que possam estar infectados tem exigido um protocolo de segurança específico.

Para que não haja possibilidade de contágio, autoridades locais pedem que apenas agentes funerários especializados acessem o local onde ocorreram o óbito, munidos de roupas, equipamentos e caixão de máxima proteção. 

Entre os casos registrados, está uma mulher que precisou ficar mais de 24 horas ao lado do marido morto em casa, em Borghetto Santo Spirito, na região da Ligúria, no norte do país. Ele havia apresentados sintomas compatíveis com coronavírus nos dias anteriores e, ao passar mal, chegou a ser reanimado por socorristas antes de morrer. 

"Uma situação horrível e desagradável que nem consigo definir em palavras. Surreal", disse o prefeito Giancarlo Canepa à imprensa italiana.

Ainda de acordo com a Folha, os agentes funerários especializados transportaram o corpo em um caixão de zinco até o hospital Luigi Sacco, de Milão, onde será realizada a autópsia.

O segundo caso aconteceu em Nápoles. O professor de artes marciais Luca Franzese, que teve uma participação no seriado "Gomorra", divulgou nas redes sociais um vídeo da irmã de 47 anos morta sobre a cama de uma casa.

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