Saúde

Silencioso e agressivo: No Dia Mundial de Combate ao Câncer de Rim, médicos alertam sobre o perigo da doença

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Embora tenha sintomas pouco específicos, a doença pode ser altamente letal   |   Bnews - Divulgação Ilustração

Publicado em 21/06/2020, às 12h27   Redação BNews


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O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Rim é celebrado no dia 21 de junho. A data tem o objetivo de alertar sobre essa doença silenciosa que, apesar de não estar entre as mais incidentes da população, é um dos tipos de câncer mais agressivos.

Conhecido como o terceiro tipo de câncer mais frequente do aparelho geniturinário (órgãos genitais e urinários), o câncer renal representa cerca de 3% dentre todos os tipos de tumores malignos em adultos no mundo.  Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a incidência estimada é de 7 a 10 casos para cada 100 mil habitantes no Brasil.

Especialistas alertam que o câncer renal merece atenção porque é assintomático em sua fase inicial, fazendo com que muitos pacientes descubram o tumor por acaso, geralmente ao fazer um exame de imagem durante um check-up de rotina ou para investigar outras suspeitas.

A utilização dos exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia aumentaram o diagnóstico mais precoce. Assim, cerca de 70% dos diagnósticos são realizados de forma incidental e numa fase inicial, quando o paciente ainda é completamente assintomático.

Entretanto, quando a doença é diagnosticada na fase avançada ou metastática, as chances de cura são bem menores. Em fases mais avançados, a doença se manifesta por meio de sangue na urina, dores nas costas, fadiga constante, perda de peso e nódulo palpável na parte lateral das costas.

Apesar da baixa incidência comparada a outros tipos de câncer, a neoplasia renal apresenta uma alta mortalidade, cerca de 134 mil mortes por ano no mundo.

O câncer renal tem uma incidência maior entre os homens e os principais fatores de risco são o tabagismo, obesidade, hipertensão arterial, insuficiência renal terminal e histórico familiar, bem como algumas síndromes clínicas raras, presença de doença renal cística adquirida, uso prolongado de analgésicos não esteroides, e exposição ocupacional a alguns agentes como cádmio e derivados de petróleo, entre outros.

O tratamento depende das condições clínicas e preferências do paciente, além do estágio da doença. O presidente da Sociedade Brasileira de Urologia – Seção Bahia, Lucas Batista, afirma que os tratamentos mais comuns são a cirurgia laparoscópica ou robótica, preservando o rim. Nestes métodos, apenas o tumor é retirado e o paciente permanece com o rim funcionando sem maiores modificações.

Quando o tumor é maior, pode ser realizado a retirada completa do rim, também pela técnica laparoscópica ou robótica. “Esta técnica permite a retirada do órgão com pequenas incisões, alta mais precoce, menos dor e retorno mais precoce as atividades do cotidiano”, afirma.

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