Saúde

Samu registra maior queda no número de atendimentos desde o início da pandemia

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Foram 8.511 chamadas atendidas pelo serviço no mês de agosto  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Samu

Publicado em 02/09/2020, às 13h40   Redação BNews


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O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) registrou no mês de agosto a maior queda no número de atendimentos desde o início da pandemia, com 8.511 chamadas. Nos três primeiros meses, a contar de março, quando foram registrados 11.375 atendimentos, o aumento de pacientes foi bastante significativo, de acordo com o serviço.

Em abril, informa o Samu, o número de chamadas subiu para 14.047 mil e, em maio, atingiu o pico, com 16.166 registros. A partir junho, os índices começaram a cair, com 13.048 atendimentos naquele mês. Em julho, foram 11.021.

De acordo com o coordenador de Urgência e Emergência de Salvador, o médico Ivan Paiva, antes da pandemia a média de atendimentos do Samu era de 8 mil por mês.

"Com a chegada a doença, logo nos primeiros meses, tivemos um grande crescimento, e chegamos a quase o dobro, com 16 mil atendimentos em apenas um mês. Além disso, nossa central 192 registrou um crescimento expressivo no número de chamados para tirar dúvidas e solicitar informações", afirma.

"Mesmo com a queda em agosto, o número ainda foi acima do que a gente atendia antes da pandemia, mas dentro de uma variação normal. A gente tem feito ainda muitas transferências das UPAS para os leitos de UTI e enfermaria para tratamento da Covid-19, uma atribuição que não era nossa e passou a ser durante a pandemia. Esse é um fator que deve ser levado em consideração quando falamos em aumento do nosso número de pacientes atendidos", acrescenta o coordenador.

Durante a pandemia, o Samu também montou uma equipe para implantação do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), com atuação em domicílios para constatar os casos de morte em casa.

"Na Bahia, não tinha o SVO, e algumas pessoas estavam morrendo em casa e ficando por dias lá com a suspeita de Covid-19 [...] Já chegamos a atender 20 casos de óbitos por noite. Hoje, estamos com uma média de 5 ou 6, e muitos desses não são pacientes de coronavírus", diz Ivan Paiva.

De acordo com o médico, além da Covid-19, boa parte dos atendimentos realizados pelo serviço está relacionada a outras demandas. "Temos várias outras doenças, e um número expressivo de acidentes no trânsito, principalmente com motos", conclui.

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