Nordeste teve queda significativa de transplantes de rim em 2020

Além das mortes e da crise econômica, a Covid-19 traz consigo outros problemas. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a região Nordeste foi uma das mais afetadas com a queda no número de transplantes de rim desde o início da pandemia, com 43% de cirurgias a menos no prazo de um ano. 

O número é bem acima da média nacional, que fica em 24,5%, sendo 17,2% dos transplantes com o doador falecido e 59,6% com o doador vivo.

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De acordo com a ABTO, a justificativa para a queda no número de transplantes com doadores mortos é a dificuldade de acesso ao transporte aéreo, duramente impactado com a pandemia do novo coronavírus.

“A recomendação da ABTO é manter a captação de órgãos e os transplantes ativos o quanto for possível, pois o transplante é uma das maiores conquistas médicas da sociedade, beneficiando milhares de brasileiros”, explicou a médica nefrologista Carolina Neves.

“Caso um hospital esteja com limitações para realizar seus transplantes, a sugestão da ABTO é encaminhar os pacientes para a unidade mais próxima ou, ainda, que os órgãos sejam encaminhados, conforme orientações do Sistema Nacional de Transplantes”, completou.

O ano de 2021 foi escolhido como o Dia Mundial do Rim pela Sociedade Brasileira de Nefrologia. O objetivo é conscientizar e estimular os pacientes com doença renal crônica a se cuidarem.