Saúde

Saúde pública é reprovada. SUS, na Bahia, ficou abaixo da média

Imagem Saúde pública é reprovada. SUS, na Bahia, ficou abaixo da média
93,8 % do brasileiros tem avaliação abaixo da média, definida como 7   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 02/03/2012, às 08h14   Redação Bocão News


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De uma escala de 0 a 10,  a Bahia apresentou a nota 5,39 no Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (Idsus), segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (01) pelo Ministério da Saúde. Ainda segundo os dados da pasta, o estado aparece junto com outros 17 estados, abaixo da média nacional, a média de 5,47.

Dos 5.563 municípios, 1.150 receberam pontuação abaixo de 5, em uma escala de 0 a 10 estabelecida pelo índice. Nessas cidades, onde a infraestrutura de saúde é classificada de alta, média ou baixa, vivem mais de 50 milhões de brasileiros. 
O Sul teve o melhor resultado (6,12) entre as cinco regiões do país. Em seguida, vem o Sudeste (5,56), o Nordeste (5,28), o Centro-Oeste (5,26) e o Norte (4,67).

Mais de 70% da população (134 milhões de pessoas) está em 4.066 cidades (73,1% do total de municípios), que receberam notas entre 5 e 6,9. Somente 1,9% – cerca de 3,2 milhões de brasileiros – reside no grupo dos 347 municípios mais bem pontuados, que conquistaram nota superior a 7.

O levantamento inédito também traz um ranking dos estados. Apenas nove estados ficaram acima da média do Brasil, que é 5,47. Santa Catarina (6,29), o Paraná (6,23) e o Rio Grande do Sul (5,9) são os primeiros colocados. Os últimos são o Pará (4,1) Rondônia (4,49) e o Rio de Janeiro (4,58). 

O estado baiano ficou no grupo 6,  formado pelas cidades que não têm estrutura de serviços especializados, como um hospital ou pronto-socorro, e população total de 23,3 milhões de brasileiros. Neste grupo encontra-se 2.183 municípios. A menor pontuação ficou com Pilão Arcado, na Bahia, onde vivem 32.815 pessoas. O município obteve 2,5 – o pior resultado do país.

O Idsus é o cruzamento de 24 indicadores que avaliaram o acesso e a efetividade dos serviços nas unidades públicas de saúde. Entre eles, a proporção de gestantes com mais de sete consultas pré-natal, a quantidade de exames preventivos de câncer de colo do útero em mulheres de 25 a 59 anos, a cura de tuberculose e hanseníase e mortes de vítimas de infarto.


Para calcular o desempenho do SUS em cada cidade do país, os técnicos dividiram os municípios em seis grupos, levando em consideração a condição econômica e estrutura de saúde disponível (hospital, posto de saúde, laboratório). 

Um índice criado pelo governo deu nota de 5,47 para a saúde pública brasileira — em uma avaliação que vai de 0 a 10. O Índice de Desempenho do SUS (IDSUS), apresentado nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde, mostra um quadro desastroso.

O levantamento aponta que 93,8% dos municípios tiveram nota abaixo da média, estabelecida como 7. A maior parte dos 5.563 dos municípios brasileiros ficou abaixo do regular: 2,4% (132 municípios) tiveram notas variando de 0 a 3,9; 18,3% (1.018) ganharam de 4 a 4,9; 47% (2.616) receberam de 5 a 5,9; 26,1% (1.450) de 6 a 6,9; 6,1% (341) de 7 a 7,9. Apenas seis municípios ficaram com nota acima de 8. São eles: Barueri (SP), Rosana (SP), Arco-Íris (SP), Pinhal (RS), Paulo Bento (RS), e Cássia dos Coqueiros (SP). 

Das capitais brasileiras, a única que teve considerado desempenho satisfatório foi Vitória, com 7,08. As capitais que têm a pior saúde pública são Maceió, Belém e Rio de Janeiro.

"Se determinado município não tem estrutura para tratar um paciente, mas o transfere para outro vizinho que consegue prestar o serviço, ele poderá ser melhor pontuado", diz Afonso Teixeira dos Reis, coordenador geral de monitoramento e avaliação do Ministério da Saúde.

As cidades brasileira avaliadas foram unificadas nos grupos com base em três índices: Desenvolvimento Socioeconômico (IDSE), Condições de Saúde (ICS) e Estrutura do Sistema de Saúde do Município (IESSM). Assim, os grupos 1 e 2 são formados por cidades que apresentam melhor infraestrutura e condições de atendimento à população; 3 e 4, pouca estrutura de média e alta complexidade; 5 e 6, não têm estrutura para atendimentos especializados.

Informações Agência Brasil

Classificação Indicativa: Livre

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