Saúde

Caos em maternidades gera morte de bebês

Publicado em 22/03/2012, às 10h53   Fabíola Lima



Acompanhamento médico deficiente de gestantes e recém-nascidos, carência de serviços básicos e falta de profissionais de saúde são algumas causas das mortes de bebês em todo o país. Segundo dados do IBGE, entre agosto de 2009 e julho de 2010, foram registrados mais de 1 milhão de óbitos, deste total, 35.075 (3,4%) eram crianças de até 1 ano.

Em Salvador, a problemática gera protesto dos médicos obstetras que, sem retorno das redes de saúde municipal, estadual e particular, criaram o grupo ROSA, Reunião de Obstetras de Salvador, com objetivo de externar a realidade vivida por cada profissional durante os plantões caóticos em hospitais. De acordo com o médico que criou um grupo ROSA no Facebook, Peterson Ferraz, as mulheres que buscam o serviço nas maternidades na capital baiana e médicos que tentam prestar o atendimento, vêm sofrendo com a superlotação nas unidades. Segundo o Ferraz, o Ministério da Saúde seria o principal responsável pela morte fetal, por conta da falta de leitos nas maternidades, contratação de profissionais e melhoramento no cenário de hospitais municipais e estaduais sem material de trabalho.

Plantonista na maternidade José Maria de Magalhães, em Pau Miúdo e no Hospital Estadual Roberto Santos, no Cabula, Ferraz relatou à reportagem do Bocão News que é testemunha do sofrimento de famílias que procuram o serviço de obstetrícia nas unidades, onde mulheres em trabalho de parto não pode ser atendidas por falta de leitos. “Eu nunca fui agredido, mas há relato de profissionais que passaram por situações complicadas. Os familiares se aborrecem e passam da agressão verbal para a física. Mas no afã do momento esquecem que estamos em uma situação desfavorável. Não somos responsáveis pela criação de leitos, esta é uma responsabilidade da Secretaria de Saúde”. Esclarece o obstetra.  Com a palavra as secretarias.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp