Saúde

Cientistas descobrem de que forma aspirina pode prevenir o câncer

Imagem Cientistas descobrem de que forma aspirina pode prevenir o câncer
Pesquisa identificou enzima que ajuda no tratamento da doença  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/04/2012, às 19h46   Redação Bocão News



A função mais conhecida da aspirina é a de aliviar dores de cabeça. Pesquisas científicas, porém, têm comprovado que ela pode exercer também um importante papel na prevenção e tratamento de doenças mais graves, como o câncer e a diabetes tipo 2. Agora, cientistas canadenses, britânicos e australianos conseguiram identificar como esse processo realmente funciona no corpo humano.



Ao ser ingerida pelo homem, a aspirina (ácido acetilsalicílico) é quebrada dentro do corpo em um composto chamado salicilato. A nova pesquisa descobriu que este composto, quando se encontra em abundância na célula humana, é capaz de ativar a enzima AMPK – esta regula o nível de energia celular, sendo assim responsável também por inibir o crescimento da célula.

Segundo os cientistas, estudos anteriores já haviam comprovado que tal enzima pode diminuir lipídios e aumentar a sensibilidade à insulina em ratos obesos, sendo assim importante no tratamento da diabetes 2. Já outras pesquisas concluíram que uma droga chamada metformina pode ser importante na prevenção do câncer. Tal droga também é capaz de ativar AMPK, o que indica uma possível eficácia do uso da aspirina contra a doença.

Para chegarem a tais resultados, os pesquisadores deram aspirina a ratos que não portavam a AMPK, e o remédio não surtiu efeitos. O estudo foi publicado nesta quinta-feira (19) no periódico Science e assinado pela Universidade McMaster, no Canadá, Universidade de Dundee, na Escócia, e Universidade de Melbourne, na Austrália.

“A aspirina é uma das drogas mais utilizadas do mundo e, sem dúvida, a mais bem sucedida. Ela tem muitos efeitos benéficos, mas apesar de ser utilizada em seres humanos há mais de 100 anos, nós ainda estamos descobrindo como elas funcionam”, explica Grahame Hardie, cientista que participou do estudo, em comunicado ao site da Universidade de Dundee.

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