Saúde

Atendimento no 5º Centro de Saúde prejudicado por falta de médico

Imagem Atendimento no 5º Centro de Saúde prejudicado por falta de médico
Emergência clínica suspensa sem previsão para retorno  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 15/06/2012, às 17h32   Elena Martinez - @ElenaMartinez


FacebookTwitterWhatsApp

“Os profissionais ficaram doentes”, explicou a gerente-geral do 5º Centro de Saúde Dr. Clementino Fraga, Margareth Rocha. Nesta sexta-feira (15), a reportagem do Bocão News recebeu a denúncia de pacientes sobre a falta de atendimento clínico na emergência do principal posto de saúde de Salvador. 
De acordo com Margareth, o atendimento clínico está suspenso por falta de profissionais. “Os médicos não têm interesse em trabalhar no 5º Centro porque a demanda aqui é muito acima do normal. O ideal seriam 200 pacientes/dia e estamos recebendo em torno de 600, sendo que a maioria não necessita de atendimento de emergência e urgência. Estamos sobrecarregados”, explica.
O quadro médico no posto é composto por dois profissionais clínicos, dois pediatras e um ortopedista, totalizando cinco médicos, mas nesta sexta-feira, o quadro foi reduzido a três. Segundo Margareth, os dois clínicos ficaram doentes e não puderam trabalhar. “Excepcionalmente, devido à falta destes profissionais, oferecemos R$ 800 por um plantão de 12h, mas não encontramos médicos interessados em assumir este compromisso”, relatou.

Essa situação obriga a diretoria do hospital a direcionar os pacientes que procuram atendimento clinico para outros postos de saúde.

Unidades Básicas
A gerente ressalta que a produção diária do posto é maior do que a do Hospital Geral do Estado (HGE). “A população poderia procurar as unidades básicas para não sobrecarregar os postos de atendimento de urgência e emergência”, disse.
Ainda conforme Margareth, o posto tem atendido pessoas de outros municípios, mas não soube precisar os motivos que levavam os pacientes se deslocarem de Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari para tentarem atendimento no 5º Centro.
Informatização 
A falta de investimentos em tecnologia é apontada pela gerente como um dois fatores que colaboram para a lentidão do serviço. “A unidade não possui atendimento informatizado, toda recepção trabalha ainda com fichas manuscritas”. disse Margareth.
A gerente ainda comparou o tempo de espera da emergência com os atendimentos particulares. “As pessoas querem prioridade e atendimento imediato. Não entendem que até nas emergências particulares também somos obrigados a esperar. Mas aqui, se não atendemos rápido, somos agredidos fisicamente. Um agente da portaria está com o dedo quebrado. Diariamente, temos a necessidade de acionar a polícia para conter os ânimos”, relata.

Foto: Roberto Viana // Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp