Saúde

Planserv responde sobre suposto exame negado à grávida

Publicado em 11/10/2012, às 11h06   Caroline Gois (Twitter: @GoisCarol)


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Após o Bocão News divulgar uma denúncia sobre o Planserv, no qual - segundo o denunciante, o plano teria negado por três vezes o exame de ultrassonagrafia dopller colorido a uma grávida, a assessoria de comunicação do Planserv enviou uma nota para o site, esclarecendo o caso.
De acordo com a operadora, a beneficiária C. M. S. D. excedeu o limite anual de quatro ultrassons com doppler colorido. Ela realizou o exame nos dias 22 de março, 19 de abril, 6 de junho e 9 de julho deste ano. A realização de ultrassonografia com doppler colorido, no entanto, se justifica nas gestações de alto risco, em casos de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e retardo de crescimento intrauterino, por exemplo. No caso em questão, a beneficiária se enquadra como paciente de baixo risco. Portanto, não existem evidências científicas que justifiquem a realização rotineira do referido procedimento.  
Ainda segundo o Planserv, no dia 21 de agosto deste ano, a clínica em que a beneficiária foi atendida solicitou reanálise do pedido para a realização do exame, porém não apresentou justificativa médica que subsidiasse a autorização excedente do limite previsto, conforme parâmetro definido pela assistência. O CID (Código Internacional da Doença) informado pela unidade de saúde, inclusive, foi o de “supervisão de gravidez normal”.
O plano ressaltou ainda que além de ultrassom com doppler colorido, o Planserv possui cobertura para ultrassonografia obstétrica. A realização deste exame é autorizada a cada 30 dias. "Entretanto, nenhuma solicitação médica foi apresentada ao Planserv por algum prestador de serviço de saúde para esse tipo de procedimento. A realização de ultrassonografia obstétrica no 1º trimestre permite o acompanhamento da idade gestacional, a detecção precoce de gestações gemelares e as anomalias fetais. No segundo trimestre, é recomendável a realização da ultrassonografia para pesquisa de anomalias congênitas. A realização de ultrassonografias rotineiras após 24 semanas, por sua vez, não confere benefícios à mãe ou ao feto, de acordo com o Projeto Diretrizes sobre Assistência Pré-Natal, da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina".
O Planserv afirma que em nenhum momento, a beneficiária entrou em contato, "por exemplo, com a Ouvidoria da assistência para questionar e se informar melhor sobre a negativa do exame. Colocamo-nos à disposição da beneficiária para mais esclarecimentos, através de nossa Ouvidora, pelo site www.planserv.ba.gov.br, ou pelo 0800 56 6066", disse a assessoria. 
A denúncia
Grávida de oito meses e três pedidos de autorização para a realização de um exame negados. Este foi o relato feito por Onofre Dantas, capitão aposentado da Polícia Militar do Estado da Bahia, que em conversa com o Bocão News contou o problema enfrentado pela filha - uma jovem gestante, cuja identidade não foi revelada.
A equipe de reportagem do Bocão News entrou em contato com a assessoria de comunicação do Planserv, enviando todos os documentos cedidos por Onofre, para que uma resposta fosse obtida. Até às 13h58 desta terça-feira (9) - cujo contato foi feito pela manhã, não houve retorno por parte da empresa esclarecendo a denúncia levantada.
Em meio às dificuldades enfrentadas por este pai e avó, o pior poderia ter acontecido. Por sorte e alegria da família que depende dos serviços do Planserv para garantir o acesso ao atendimento de saúde,  a criança nasceu saudável, no dia 31 de agosto.

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