Saúde

IBGE revela queda da taxa de fecundidade no Brasil

Blog Mulher Negra
A tendência de ter filhos mais cedo no Brasil ainda é predominante  |   Bnews - Divulgação Blog Mulher Negra

Publicado em 17/10/2012, às 19h34   Redação Bocãonews



O Censo Demográfico de 2010, divulgado nesta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que entre 2000 e 2010, houve queda na taxa de fecundidade, que é o número médio de filhos que uma mulher teria dentro do seu período fértil, principalmente nos grupos etários mais jovens. O lavamento revela ainda que mulheres com maior grau de instrução e renda também têm menos filhos.  

Com informações do G1.

Segundo o IBGE, a queda da fecundidade ocorreu em todas as faixas etárias. Mas houve uma mudança na tendência de concentração da fecundidade entre jovens de 15 a 24 anos, observada nos censos de 1991 e 2000. As mulheres, de acordo com dados de 2010, estão tendo filhos com idades um pouco mais avançadas.

O IBGE diz que tal mudança se deu principalmente em função da mudança no comportamento reprodutivo das mulheres residentes em áreas urbanas.
Os números mostram que a taxa de fecundidade brasileira caiu de 6,16, em 1940, para 1,9, entre 2000 e 2010. Para a população continuar crescendo, o nível mínimo, chamado de reposição, é de 2,1. No país, apenas a região Norte, com 2,47, está acima da média.

Conforme o IBGE, a redução dos níveis de fecundidade nos últimos 50 anos foi a principal razão para a queda do ritmo de crescimento da população, que chegou a aumentar cerca de 3% ao ano na década de 1950.

Na análise da fecundidade por cor ou raça, o Censo revelou que as maiores quedas percentuais ocorreram entre as mulheres negras no Nordeste (29,1%), Norte (27,8%) e Sul (25,3%).
Os padrões de fecundidade das mulheres pretas, pardas e indígenas têm estrutura mais jovem, até 24 anos, diz o IBGE. Entre as brancas, há maior concentração no grupo de 25 a 29 anos e entre 30 e 34 anos. Para as mulheres com mais de 40 anos, a fecundidade indígena é sempre maior que a dos demais grupos, segundo o instituto.

Ainda de acordo com o Censo mais recente, a taxa de fecundidade é maior conforme o grau de instrução e de rendimento da mulher.
Embora a média tenha diminuído entre as mulheres sem instrução e com ensino fundamental incompleto, de 3,43 filhos (2000) para 3 (2010), ainda é maior se comparada ao índice de mulheres com ensino superior completo, de 1,14 filho.

Apesar da queda em geral, o IBGE diz que o perfil da fecundidade brasileiro ainda apresenta uma tendência predominante de ter filhos mais cedo. Isso porque, entre as mulheres sem instrução e com ensino fundamental completo, 33,7% do total em idade fértil, a maior contribuição da fecundidade vem do grupo de mulheres com idades entre 20 e 24 anos.

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